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ENSP divulga carta aberta sobre execução política de vereadora e violência no RJ

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Publicado em:23/03/2018
ENSP divulga carta aberta sobre execução política de vereadora e violência no  RJEm reunião na terça-feira, 20 de março, o Conselho Deliberativo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) ratificou, por unanimidade, a posição da direção e reafirmou a importância da luta pelos direitos humanos reforçando a necessidade de uma sociedade mais justa, com melhores condições de vida, saúde e trabalho e pede um basta às mortes das diversas "Marielles", "Matheus", "Benjamins" "Andersons".

Marielle Franco, vereadora eleita com cerca de 50 mil votos no seu primeiro mandato, compunha a Comissão dos Direitos Humanos e do Direito da Mulher, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Recentemente, foi designada relatora da Comissão instituída para acompanhar e fiscalizar a intervenção federal no Rio de Janeiro.

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Marielle reunia características daqueles que mais morrem no país, mas não esmoreceu; lutou e fez da sua trajetória política uma voz que denunciava o desrespeito aos direitos humanos e combatia a violência contra a mulher, contra pessoas trans, o racismo, a chacinas nas favelas, a letalidade da polícia, mas também defendia os profissionais mortos pela violência e buscava dar conforto às suas famílias.

Os membros do CD ENSP também repudiam a circulação de informações falsas e discursos de ódio acerca da atuação da vereadora e a criminalização das manifestações em defesa dos direitos humanos.

O órgão normativo e deliberativo da ENSP lembra ainda que a investigação do caso e punição dos assassinos de Marielle desafia um governo que elegeu a segurança pública como carro-chefe, e determinou que os militares - treinados para derrotar militarmente um inimigo; e não dar proteção aos civis - se encarregassem de “pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública” no Rio de Janeiro. A instituição lembra que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e o Escritório para a América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) já manifestaram "profunda preocupação" com o decreto presidencial que autoriza uma intervenção federal em matéria de ordem pública no Rio de Janeiro, embasados, principalmente, pela premissa que “Estados devem limitar ao máximo o uso das Forças Armadas para o controle de distúrbios internos”.

 


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