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Entrevista com historiador trata da relação de febre amarela e investimento em infraestrutura sanitária e combate à pobreza

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Publicado em:07/02/2018
A atual crise sanitária ligada à febre amarela é resultado de uma série de fatores já bem conhecidos por historiadores das ciências e da saúde e de áreas envolvidas no controle da doença. O crescimento desordenado das cidades, a falta de saneamento básico – um problema também observado no início do século 20 –, e a persistência de outros determinantes sociais são alguns dos entraves ao combate da febre apontados pelo historiador Marcos Cueto, pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).
 
“Soluções como pedir [à população] para eliminar os reservatórios de larvas dos mosquitos são necessárias, mas paliativas. É preciso pensar em investimentos na infraestrutura sanitária da população urbana”, afirma Cueto, que é autor, juntamente com Steven Palmer, do livro Medicina e Saúde Pública na América Latina: uma história, publicado recentemente em português pela editora Fiocruz.
 
O historiador ressalta o papel desempenhado pela Fundação Rockefeller no combate à febre amarela ao longo do século 20 no país. Cueto lembrou que a instituição norte-americana recebia apoio de muitos políticos em sua empreitada de eliminar a doença das cidades e portos mais importantes do Brasil uma vez que “o motor da economia era a exportação de matérias-primas”.
 
Editor científico da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos, publicada pela COC/Fiocruz, Cueto ressalta que o enfrentamento à febre amarela não pode ser pensado a partir de soluções simples e de curta duração. “Precisamos de uma combinação da melhor ciência e do conhecimento sanitário, da participação das comunidades afetadas e a decisão política para enfrentar os problemas da pobreza que contribuem para os surtos epidêmicos de febre amarela”, avalia.
 
Acompanhe a entrevista com o pesquisador, disponível no site da COC.  .

Fonte: Matéria COC
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