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10 Anos do Núcleo de Experimentação de Tecnologias Interativas (Next Fiocruz)

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Publicado em:15/12/2017
10 Anos do Núcleo de Experimentação de Tecnologias Interativas (Next Fiocruz)Há dez anos, no dia 4 de dezembro de 2007, foi criado o Núcleo de Experimentação de Tecnologias Interativas (Next), em um evento da Fiocruz que discutia o uso da WEB na instituição. O Núcleo serviria para experimentar as tecnologias interativas que emergiam com a Web 2.0, como um caminho para incorporar a Internet e as práticas interativas e colaborativas na pesquisa, comunicação, informação, educação e serviços na saúde no SUS e na Fiocruz. Na época, o Skype era proibido em praticamente toda a Fiocruz, e julgava-se que não se podia deixar os servidores e estudantes perderem tempo e se distrair com a Internet. A preocupação era bloqueá-la e se criava todo tipo de “filtro” para impedir que os funcionários usassem os sistemas de busca para acessar "conteúdos inapropriados". Confira o depoimento sobre a década de atuação do Next.
 
Ganhamos o direito de existir e experimentar essas tecnologias e práticas como meio de pesquisa. Afinal não se podia negar este direito ao Grupo de Pesquisa "Tecnologias, Culturas e Práticas Interativas e Inovação em Saúde" da Fiocruz, que pouco depois foi oficializado no CNPQ. Mas as políticas de informação (e informática) oficiais na Instituição, desconsideravam solenemente estas experiências. Insistiam no uso das tecnologias tradicionais, nos softwares proprietários, na política do segredo e na segurança de cidadela (aqui ninguém entra e nem sai)...
 
Aos poucos, organizamos nossas pesquisas, fizemos experimentações, que adquiriram consistência, se transformando em artigos, metodologias, rotinas, ferramentas, oficinas e cursos de especialização ("Introdução a Educação em Ambientes Virtuais" e "Andando nas Nuvens"); criamos três cursos de Pós Graduação Lato Sensu ("Pensando a comunicação, a Informação e a Saúde na Era da Complexidade", as "Redes Sociais Antes e Depois da Internet" e “Oito temas para pensar a sociedade na era da complexidade” que envolveram cerca de um milhar de alunos diretos, pelo menos, e que contribuíram para a incorporação destas tecnologias e práticas interativas em uma série de atividades na Fiocruz e da Saúde.
 
Descobrimos rapidamente as Redes Sociais, ainda na época de Orkut e do Ming. Criamos a Rede Internet e Saúde, fizemos assessoria e consultoria para a Rede Saúde e Cultura, para o Minc, para o Ministério da Saúde e para diversos projetos.
 
Madrugamos no Projeto Fiocruz no Brasil sem Miséria, de primeira hora, quando ele era ainda uma ideia, criando a Rede Fiocruz no Brasil sem Miséria no Facebook (https://www.facebook.com/groups/252706931462688/ ). Nessa atividade inauguramos as primeiras experimentações de transmissão de atividades pela internet, abrindo a possibilidade de acesso on-line direto às atividades das Expedições em Pau d'Alho e Rio Branco. Aliás, a partir daí o Next experimentou transmitir todo tipo de atividade pelo Facebook: Congresso Interno, assembleias sindicais, reuniões, seminários, palestras, eventos, usando simplesmente um laptop, uma câmera e microfone de computador, e posteriormente com um celular, mostrando que era possível, com competência, fazer muito, com muito pouco recursos... ...enquanto a Fundação continuava a insistir na compra de “sistemas de videoconferência”, programas e equipamentos com custos, muitas vezes, na escala de milhões de reais.
 
Hoje, viabilizar o acesso pela Internet de seus eventos e atividades se transformou em prática
corrente na Fiocruz.
 
Nesta caminhada percebemos que, mais importante do que criarmos nossas plataformas próprias, era aproveitar a oportunidade das redes sociais que surgiam e em particular o crescimento do Facebook, utilizando-o como uma oportunidade de levar pesquisadores, servidores e estudantes a vivenciar e aprender a usar as Redes Sociais, o que era visto com descaso e as vezes fruto de chacotas.
 
Investimos e e insistimos em aproveitar a oportunidade, criando os mais diversos grupos, comunidades e redes sociais. O Next sozinho, ou com seus parceiro,s colocou em funcionamento e mantém quase uma centena grupos no Facebook ( em outras redes), que por sua vez começaram a estimular seu uso e da Internet em suas atividades, inclusive profissionais, com a criação de páginas e grupos em diversas unidades. organizações e serviços da Fiocruz, marcando sua presença inclusive de uma maneira oficial. Nossas estimativas (precisaríamos fazer uma pesquisa sobre isto) é que hoje pelo menos 50% dos funcionários e estudantes da Fiocruz, têm perfis e participam em redes sociais, grupos e comunidades da Internet. E lembrem-se, há muito pouco tempo era proibido usar Skype, acessar o Orkut, o Youtube ou o Facebook na Fiocruz. Ainda existem unidades onde
as restrições ainda acontecem, mas a Fiocruz hoje, e seus servidores, já experimentam as tecnologias e práticas interativas e colaborativas em várias de suas atividades, e queremos comemorar esses dez anos com todos aqueles parceiros e companheiros que se incorporaram, participaram e impulsionam e colocaram a frente estas experiências...
 
Gostaríamos de convidá-los para trabalhar conosco em 2018, em uma nova fase do Next, onde, juntos, podemos aperfeiçoar e profissionalizar o uso destas práticas e tecnologias interativas e colaborativas na educação, na pesquisa, na saúde, na Fiocruz e no SUS, ampliando seus benefícios.
 
Conversaremos sobre isso, oportunamente.
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Para saber mais sobre a história do Next:
A experiência de 3 anos do Next (2010) - http://next.ensp.fiocruz.br/repositorio/content/61
Repositório de Artigos do Next -
Pagina Oficial do Next no Facebook - https://www.facebook.com/nextfiocruzensp/

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