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Experiências viáveis de desmedicalização psiquiátrica serão tema de último dia de Seminário na ENSP

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Publicado em:31/10/2017
Experiências viáveis de desmedicalização psiquiátrica serão tema de último dia de Seminário na ENSPO último dia do Seminário Internacional A Epidemia das Drogas Psiquiátricas: Causas, Consequências e Alternativas vai debater Experiências viáveis e seguras de desmedicalização psiquiátrica. Para discutir o tema estarão presentes Laura Delano, Jaakko Seikkula e Robert Whitaker. A primeira mesa do dia, marcada para às 9h30, será coordenada pelo pesquisador da Fiocruz, Francisco Netto, e contará com a relatoria de Marilia Belfiore Palacio. A tarde, a partir das 14 horas, Os desafios da desmedicalização no Brasil e nos países do Cone Sul: experiências e perspectivas estarão em debate. A mesa contará com a participação de Maria Aparecida Moysés, Cecília Collares, Biancha Angelucci, Nelson de Leon, Andrés Techera, Maria José Beltran e Rodrigo Fredes. A coordenação da mesa ficará a cargo de Debora Gribov, e Maria Inês Cárcamo será a relatora. Às 16 horas será realizada a Plenário de Encerramento do Seminário, com apresentação dos relatores, sob a coordenação do pesquisador da ENSP, e coordenador geral do evento, Paulo Amarante. O seminário pode ser acompanhado em tempo real por transmissão on-line.

O objetivo do Seminário Internacional é contribuir para o conhecimento e ações sobre as causas e os riscos do atual modelo de doença da psiquiatria na abordagem do sofrimento psíquico, as interfaces com o processo de produção e consumo de drogas psiquiátricas, assim como a construção de alternativas terapêuticas na atenção psicossocial. O evento ocorre num contexto em que internacionalmente está ocorrendo o avanço incomensurável do fenômeno da medicalização do sofrimento psíquico e dos comportamentos sociais considerados normativamente indesejáveis.

Por meio da inflação de categorias de diagnóstico psiquiátrico, praticamente ninguém é normal, dado que virtualmente todos são pacientes "psiquiatrizáveis" a serem tratados pelo sistema de saúde. E o tratamento hegemônico é de natureza bioquímica, baseado no pressuposto que os “transtornos psíquicos” diagnosticados são causados por “desequilíbrios químicos” no cérebro. “A consequência é que a sociedade sofre de uma epidemia de transtornos psiquiátricos”, afirmam os coordenadores do evento.

Eles também destacam, porém, que há evidências científicas e experiências concretas que demostram existir alternativas viáveis e seguras para a “desmedicalização”. “Para nós, brasileiros, isso é da maior importância, uma vez que tomamos consciência das consequências iatrogênicas do modelo biomédico que hoje domina o campo da saúde mental”.

O seminário na Fiocruz

Levando em consideração o papel-chave da Fiocruz na pesquisa, na formação de profissionais de saúde pública e na construção de tecnologias de saúde com impacto positivo na promoção da saúde coletiva, o Seminário Internacional reunirá cientistas e intelectuais de renome nacional e internacional para refletir sobre as dimensões do processo de medicalização e para trocar experiências sobre as alternativas a epidemiologia das drogas psiquiátricas.
 
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