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Alternativas para desmedicalização das drogas psiquiátricas: Seminário prossegue com debate sobre abordagem do diálogo aberto

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Publicado em:30/10/2017
Alternativas para desmedicalização das drogas psiquiátricas: Seminário prossegue com debate sobre abordagem do diálogo abertoNesta terça-feira, 31 de outubro, prosseguem os debates do Seminário Internacional A Epidemia das Drogas Psiquiátricas: Causas, Consequências e Alternativas. No segundo dia de evento a palestra principal será do finlandês Jaakko Seikkula, que falará sobre A abordagem do diálogo aberto. A atividade está marcada para às 9 horas, no auditório térreo da ENSP. Segundo Seikkula, adotar a prática dialógica de respeitar o Outro, sem condições, provou ser uma tarefa desafiadora."O diálogo aberto enfatiza a importância da nossa escuta cuidadosa de aceitar o outro sem condições. Adotar a prática dialógica é uma nova habilidade, onde podemos nos encontrar em diferentes papéis profissionais do que aqueles com os quais estamos acostumados a agir", destaca ele, no resumo de sua apresentação disponível no site Mad In Brasil. A mesa será apresentada por Robert Whitaker, sob a coordenação de Paulo Amarante, e contará com a relatoria de Ana paula Freitas Guljor. O seminário pode ser acompanhado em tempo real por transmissão on-line

No período da tarde as discussões continuam com a mesa A reforma psiquiátrica e experiências de desmedicalização no Brasil e nos países do Cone Sul. A mesa contará com a participação de Helena Rego Monteiro, Alejandra Barcala, Silvia de Riso e Rossano Cabral de Lima. A coordenação será de Cecília Augsbuguer e a relatoria de Lucrecia Corbella. A mesa está marcada para às 14 horas.

O objetivo do Seminário Internacional é contribuir para o conhecimento e ações sobre as causas e os riscos do atual modelo de doença da psiquiatria na abordagem do sofrimento psíquico, as interfaces com o processo de produção e consumo de drogas psiquiátricas, assim como a construção de alternativas terapêuticas na atenção psicossocial. O evento ocorre num contexto em que internacionalmente está ocorrendo o avanço incomensurável do fenômeno da medicalização do sofrimento psíquico e dos comportamentos sociais considerados normativamente indesejáveis.

Por meio da inflação de categorias de diagnóstico psiquiátrico, praticamente ninguém é normal, dado que virtualmente todos são pacientes "psiquiatrizáveis" a serem tratados pelo sistema de saúde. E o tratamento hegemônico é de natureza bioquímica, baseado no pressuposto que os “transtornos psíquicos” diagnosticados são causados por “desequilíbrios químicos” no cérebro. “A consequência é que a sociedade sofre de uma epidemia de transtornos psiquiátricos”, afirmam os coordenadores do evento.

Eles também destacam, porém, que há evidências científicas e experiências concretas que demostram existir alternativas viáveis e seguras para a “desmedicalização”. “Para nós, brasileiros, isso é da maior importância, uma vez que tomamos consciência das consequências iatrogênicas do modelo biomédico que hoje domina o campo da saúde mental”.

O seminário na Fiocruz

Levando em consideração o papel-chave da Fiocruz na pesquisa, na formação de profissionais de saúde pública e na construção de tecnologias de saúde com impacto positivo na promoção da saúde coletiva, o Seminário Internacional reunirá cientistas e intelectuais de renome nacional e internacional para refletir sobre as dimensões do processo de medicalização e para trocar experiências sobre as alternativas a epidemiologia das drogas psiquiátricas.

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