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Imprensa destaca dados de pesquisa sobre aborto clandestino

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Publicado em:06/12/2016
Imprensa destaca dados de pesquisa sobre aborto clandestinoEm entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, a antropóloga e docente do Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva, Debora Diniz falou sobre a Pesquisa Nacional de Aborto, realizada pela UnB. A pesquisa, que entrevistou 2 mil mulheres, entre 18 e 39 anos, nas áreas urbanas do país, fez a seguinte pergunta: Você ou alguém da sua família já fez um aborto clandestino? Segundo Debora, os números são alarmantes. Só no ano passado, meio milhão de brasileiras passaram por um aborto ilegal e apresentam histórias parecidas de riscos e de traumas. A pesquisa indicou que, ao final da vida reprodutiva, mais de uma em cada cinco mulheres já fizeram aborto, ocorrendo os abortos em geral entre 18 e 29 anos. Além disso, não foi observada diferenciação relevante na prática em função de crença religiosa, mas o aborto se mostrou mais comum entre mulheres de menor escolaridade. O uso de medicamentos para a indução do último aborto ocorreu em metade dos casos e a internação pós-aborto foi observada em cerca de metade dos casos. 
 
A tendência à criminalização do aborto pode estar dando sinais de mudança no país. No último mês, o Papa Francisco autorizou os padres da igreja católica a perdoarem mulheres que tenham feito aborto. Na última semana, uma decisão do Supremo Tribunal Federal apontou que o aborto, até o terceiro mês de gestação, não é crime. Este foi somente um caso, mas especialistas na área acreditam que a decisão pode influenciar outros juízes a julgarem outros casos de aborto. “A mulher que faz aborto é uma mulher comum, que já tem filhos, tem religião e que sabe o que está fazendo. Portanto, o aborto deve ser prioridade na agenda da saúde pública nacional”, disse Debora Diniz. 
 
Ainda este mês, a descriminalização do aborto estrará novamente em pauta no Supremo Tribunal Federal. No entanto, agora, será julgada uma ação que solicita que gestantes de criança com microcefalia tenham o direito de interromper a gravidez. 
 
 
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