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OPAS e instituições brasileiras lançam publicação para facilitar diagnóstico da diabetes gestacional

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Publicado em:17/11/2016
OPAS e instituições brasileiras lançam publicação para facilitar diagnóstico da diabetes gestacionalA Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde lançou na quarta-feira (16/11) a publicação Rastreamento e Diagnóstico do Diabetes Mellitus Gestacional no Brasil. O documento é resultado de consenso entre profissionais especializados do Ministério da Saúde do Brasil, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Sociedade Brasileira de Diabetes e OPAS/OMS. “É uma publicação muito importante, que contribui para alcançar as metas globais de redução da mortalidade materna e infantil”, afirmou o Representante Adjunto da OPAS/OMS, Luis Codina, durante a cerimônia de lançamento.

O documento apresenta critérios simples e práticos para diagnóstico da Diabetes Mellitus Gestacional, considerando as diferenças de acesso aos serviços de saúde existentes no país. Conforme dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), aproximadamente 415 milhões de adultos apresentam Diabetes Mellitus, hoje, em todo o mundo e 318 milhões de adultos possuem intolerância à glicose, com risco elevado de desenvolver a doença no futuro. A Diabetes Mellitus e suas complicações estão entre as principais causas de morte na maioria dos países.

De acordo com Rossana Pulcineli Vieira Francisco, que coordenou pela FEBRASGO o grupo técnico responsável pela publicação, uma criança gerada por uma mãe com diabetes não controlada apresentará risco elevado de ter diabetes e obesidade no futuro. Além disso, uma mulher que desenvolve essa doença na gravidez tem risco 40% maior de apresentar diabetes tipo 2 ao longo da vida. “Há mais de dez anos, estamos discutindo o tema da diabetes na gestação. Mas, se não fosse o poder catalisador da OPAS/OMS e a abertura do Ministério da Saúde, não conseguiríamos finalizar esse documento e propor um diagnóstico factível para o Brasil”.

Para o coordenador de Doenças Crônicas da SAS, Sandro Martins, a publicação ajuda a melhorar a assistência a pessoas com essa doença no Brasil. “Com esse documento, temos a possibilidade de trazer um marco normativo para orientar as equipes de saúde no sentido de identificar mais precocemente a diabetes na gestante”.

Durante o evento, a diretora do Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia (Cedeba), Reine Marie Chaves Fonseca, apresentou os trabalhos realizados pela instituição no Brasil, em Moçambique e em Guiné-Bissau para implantar e fortalecer ações de manejo e diagnóstico de diabetes. “Temos muito a agradecer à OPAS/OMS e à World Diabetes Foundation pela incansável luta para que pudéssemos viabilizar esse projeto”, disse Reine. Segundo ela, também participaram das iniciativas o Ministério da Saúde brasileiro e a Secretaria de Saúde da Bahia.

O diretor executivo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Jurandir Frutuoso, também destacou o papel de apoio e articulador de diferentes instituições. “Estamos efetuando em alguns estados trabalhos de atenção primária junto com a atenção especializada, visando a maior eficiência do sistema. Queria agradecer a OPAS/OMS e todos os parceiros pela atenção e apoio nessas incursões que estamos fazendo em todos os estados”.

O coordenador de programas da World Diabetes Foundation, Bent Lautrup-Nielsen, apresentou alguns exemplos de projetos de prevenção e controle de diabetes financiados por sua instituição em países de baixa e média renda, incluindo o Brasil. “De 2002 a 2015, foram financiados investimentos de 130 milhões de dólares para mais de 400 projetos em mais de 100 países”, afirmou.

Clique aqui e leia a matéria na íntegra. 

Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS)
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