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Participação social e gestão participativa são abordados em pesquisa em Manguinhos

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Publicado em:23/08/2016
Participação social e gestão participativa são abordados em pesquisa em ManguinhosCom o objetivo de fortalecer o tema da cidadania para a população de Manguinhos por meio do estímulo à participação social e à gestão participativa para a territorialização de políticas públicas, foi realizado o projeto Participação e Intersetorialidade: desenvolvimento de estratégias locais para a Promoção da Saúde no Teias-Escola Manguinhos. A pesquisa integra a iniciativa da Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPPLR/Fiocruz), elaborada no âmbito do Programa de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Saúde Pública da Fiocruz (PDTSP/Teias): Portfólio Rede de Pesquisa no Território de Manguinhos - uma parceria entre academia, serviços de saúde e sociedade civil. A pesquisadora da ENSP responsável pelo projeto é Mayalu Mattos, do Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli. Na publicação, ela ressaltou que o PDTSP-Teias propiciou a continuação de projetos anteriores, nos quais já atuava desde o ano de 2005, quanto ainda representava a Assessoria de Cooperação Social da ENSP.
 
“Com a possibilidade da pesquisa, criamos um projeto que pudesse sistematizar o trabalho desenvolvido por meio de tecnologias sociais, como um aprimoramento do trabalho no território de Manguinhos”, explicou Mayalu, referindo-se à metodologia de atuação intersetorial a partir da interlocução da ENSP com atores sociais de Manguinhos - movimentos, entidades, lideranças, equipamentos públicos etc. “Essa atuação foi articulada com as demais pesquisas da Rede PDTSP-Teias que atuavam com as questões oriundas de formação e atuação do Conselho Gestor Intersetorial”, disse ela. O projeto teve o propósito de fortalecer a política de gestão participativa do SUS valendo-se do desenvolvimento de experiências de participação social, sistematização de tecnologias sociais (metodologias) e difusão de tecnologias de informação e comunicação para a participação em saúde.
 
Ela lembrou ainda que a pesquisa ajudou a mobilizar a população local afim de criar o Conselho Gestor Intersetorial (CGI). Tal experiência se desdobrou para além do projeto, “uma vez que a população tem outro saber. Não é um saber da área de saúde coletiva; eles confundem qual é o papel da UPA, da Fiocruz, do Estado. As pessoas precisam ser formadas para conhecer os diferentes atores e seus papéis. Portanto, a articulação com outro projeto da Rede, o Curso de Qualificação dos Conselheiros oferecido pela Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), revelou-se importante”, disse Mayalu.  
 
Como apontamentos da pesquisa, a coordenadora também argumentou que o trajeto entre o encaminhamento das reivindicações até as mesmas se tornarem realidade é um dos principais desafios da gestão participativa. Outra instigante questão apontada por ela é a gestão pela escuta, ou seja, “ouvir a mobilização popular e colocar em ação o que está sendo reivindicado por esta população é um desafio para a gestão participativa em sua totalidade”. Para Mayalu, o entendimento da necessidade de continuidade do processo de empoderamento da população é de extrema relevância, assim como a valorização do saber da população, a escuta e, principalmente, a implementação de suas reivindicações. A pesquisa também teve como fruto o vídeo Participação na Saúde https://www.youtube.com/watch?v=wweMHG36Z7o e no blog Participação Cidadã (www.ensp.fiocruz.br/participacaocidada).
 
Além de Mayalu, também integraram o projeto Rosane Marques de Souza, Leonídeo Madureira, Ariana Kelly dos Santos, Alex Vargas, Vanessa Patrocínio e Sandra Martins.
 
*Foto de capa: Laboratório Territorial de Manguinhos (LTM)

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