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'Cadernos de Saúde Pública' debate sobre Zika na gravidez

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Publicado em:15/07/2016
'Cadernos de Saúde Pública' debate sobre Zika na gravidezO volume 32 número 5 da revista Cadernos de Saúde Pública enfoca novamente o Zika. Por quê? Para a editora da publicação, Marilia Sá Carvalho, cabe ao CSP defender as políticas que contribuam para a saúde das populações, no caso específico das mulheres frente à infecção pelo vírus Zika na gravidez. Segundo Marilia, na maior parte dos países afetados, o direito ao aborto é extremamente restrito, e os impactos da combinação Zika e aborto ilegal podem ser devastadores. “A epidemia de Zika e a microcefalia saem dos jornais, em parte pela grave crise política que atravessa o país; mas, também pelo sentimento de segurança que a diminuição de casos de Zika traz. Diminuição essa que se obteve graças ao enorme esforço do governo, ao longo dessa mesma crise política, de desencadear uma ação intensiva de combate ao vetor, viabilizada pela rapidez com que, em meio às acusações de açodamento, cientistas brasileiros assumiram que havia evidência suficiente para atribuir à infecção pelo vírus os casos de microcefalia. Não se esperou não haver mais dúvidas para partir para a ação. A sustentabilidade das ações realizadas, com quase 48 milhões de residências visitadas em dois meses, é limitada a longo prazo.”
 
Em recente reunião da Organização Mundial da Saúde, apontou-se o fato de que, em todos os países com transmissão endêmica de dengue, carreado pelo mesmo vetor, nenhum método de controle utilizado nos últimos 30 anos conseguiu ter efeito significativo e duradouro na incidência. Do ponto de vista da saúde pública, alerta Marília, precisamos pensar em uma política de redução de danos no caso de infecção pelo vírus Zika durante a gravidez, em qualquer semana gestacional.
 
No artigo Padrões Alimentares no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil): uma análise exploratória, os autores Letícia de Oliveira Cardoso, Maria de Jesus Mendes da Fonseca e  Dora Chor, da ENSP; Marilia Sá Carvalho e Oswaldo Gonçalves Cruz, do  Programa de Computação Científica/Fiocruz; Cristiane Melere e Vivian Cristine Luft, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Maria del Carmen Bisi Molina e Carolina Perim de Faria, da Universidade Federal do Espírito Santo; Isabela M. Benseñor, da Universidade de São Paulo; Sheila Maria Alvim Matos, da Universidade Federal da Bahia ; e Rosane Harter Griep, do Instituto Oswaldo Cruz, abordam o consumo alimentar de 15.071 funcionários públicos analisados em seis cidades brasileiras que participam da linha de base para Estudo Longitudinal da Saúde do Brasil Adulto (ELSA-Brasil, 2008-2010). O objetivo é identificar padrões alimentares e sua relação com variáveis sociodemográficas. Foram identificados quatro padrões, com as respectivas frequências: "tradicional" (48%); "frutas e legumes" (25%); "pastelaria" (24%); e "diet / light" (5%) Os padrões "tradicional" e "pastelaria shop" foram mais frequentes entre os homens, indivíduos mais jovens e aqueles com menos escolaridade. "Frutas e legumes" e "diet / light" foram mais frequentes em mulheres, indivíduos mais velhos e aqueles com maior escolaridade. Nossos resultados mostram a inclusão de novos itens no padrão "tradicional" e o aparecimento do padrão "baixo teor de gordura, baixo teor de açúcar" entre os hábitos alimentares de trabalhadores brasileiros, além de sinalizar diferenças sociodemográficas e regionais.
 
Confira, aqui, todos os artigos do volume 32 número 5 da revista Cadernos de Saúde Pública de maio de 2016.
 
 

Fonte: Cadernos de Saúde Pública

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