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Identidades Trans: tema da 'Radis' de maio

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Publicado em:05/05/2016
Identidades Trans: tema da 'Radis' de maioNa edição n°164 de maio de 2016 da Revista Radis, que está disponível on-line, o destaque é para as histórias de vida de seis mulheres e um homem que transitaram para o gênero com o qual se identificaram desde a infância e que buscam hoje uma vida sem discriminação e com saúde. Todos foram entrevistados pelo subeditor da publicação Bruno Dominguez. Uma delas é Helena Maria de Souza:  “Eu sempre achei que não me encaixava no meu corpo, mas não é fácil reconhecer que se é uma pessoa trans.” A reportagem conta que, quando ela apareceu pela primeira vez para seus colegas de Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro, na turma do segundo semestre de 2013, não havia quem ignorasse os sinais de que ela estava a caminho. “Os fios de cabelo vinham crescendo. As unhas ganharam esmalte colorido. As roupas masculinas foram trocadas por um visual andrógino.” 
 
Segundo o relato do repórter, na cidade de Várzea Paulista, na região de Jundiaí (SP), transgênero era uma palavra totalmente desconhecida vinte dois anos atrás. Hoje, não se pode afirmar que lá e em grande parte do país se entenda que algumas pessoas não se encaixam no gênero imposto por seus corpos - masculino ou feminino - e lutam para serem reconhecidas social e legalmente de acordo com outro gênero. “Desde criança eu desejei ser menina, e isso foi se estendendo ao longo da minha vida até a adolescência”, descreve Helena.
 
A matéria da Radis traz o verbete Transexualidade no Dicionário Feminino da Infâmia (Editora Fiocruz), cuja autora e doutora em Sociologia Berenice Alves de Melo Bento define a palavra como uma ”experiência de trânsito entre os gêneros que demonstra que não somos predestinados a cumprir os desejos de nossas estruturas corpóreas”. Ela ressalta que, assim como aconteceu com Helena, esse processo é marcado por medos. “As dúvidas ‘Por que eu não gosto dessas roupas? Por que odeio tudo que é de menino? Por que tenho esse corpo?’ levam os sujeitos que vivem em conflito com as normas de gênero a localizar em si a explicação para suas dores.”
 
Em duas outras reportagens, a Radis aborda questões diversas de saúde pública que revelam quando o foco nas singularidades é o que deve orientar o cuidado. A publicação questiona “Quem são o ‘todos’ a que se destina o Sistema Único de Saúde?”. O editorial da revista defende que o sentido da universalidade desse sistema implica cuidar da saúde de toda a população, independente de idade, sexo, emprego, renda. A esse princípio de universalidade, sustenta a publicação, soma-se o da equidade, que aprofunda o conceito de igualdade para que grupos e indivíduos diferentes recebam tratamentos diferentes, para que cada pessoa receba cuidados de acordo com as suas necessidades. 
 
Um livro de contos escritos por 10 pessoas em tratamento em hospital público e outro com relatos, fotos e bordados produzidos por 12 autores dispostos a traduzir e compartilhar suas vivências de transtorno do pânico foi o ponto de partida da matéria O medo do medo, escrita pela repórter da Radis, Ana Claudia Peres, que busca a compreensão do drama e dos caminhos de superação dessa sensação episódica de medo intenso, o medo do medo, que afeta cada vez mais o mundo de hoje.
 
Leia essas e outras matérias na íntegra na Radis de número 164.

Fonte: Radis
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Divulgação Científica Radis

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