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Tuberculose: desafios e entraves para seu enfrentamento serão debatidos na ENSP

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Publicado em:31/03/2016
Tuberculose: desafios e entraves para seu enfrentamento serão debatidos na ENSPCom o objetivo de debater a centralidade estratégica do desenvolvimento social brasileiro para o enfrentamento da tuberculose, a ENSP realizará a palestra Cidadania em Saúde, no dia 6 de abril, que será proferida pelo diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Cândido Grzybowski, às 9 horas, na ENSP. O evento, que conta ainda com a mesa-redonda O uso do audiovisual fortalecendo a comunicação entre Estado e sociedade para o controle da tuberculose, marcada para às 14 horas, foi pensado em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Nesse encontro, a aposta é reafirmar o valor da cidadania, com enfoque na igualdade de direitos, e ainda inspirar a reflexão sobre como devemos nos ver e agir em sociedade, começando por ampliar o próprio alcance da ideia de ‘direito à saúde'. As atividades são abertas ao público, não sendo necessário inscrição prévia e ocorrerão no salão internacional da Escola.
 
O evento foi concebido pelo Centro de Referência Professor Hélio Fraga da ENSP - instituição nacional de referência do SUS para tuberculose e outras pneumopatias. Durante a mesa da manhã, acontecerá também o lançamento oficial do boletim de Pneumologia Sanitária, n. 1, vol. 1. A intenção da publicação é que ela seja um canal de divulgação de ideias, análises e informes. Assim, esse novo instrumento do Hélio Fraga pretende agregar o resultado de diferentes ações de assistência, ensino e pesquisa voltadas para o controle da tuberculose e enfrentamento de outras micobaterioses no país, como também trabalhar na atualização do campo da Pneumologia Sanitária e da Saúde Pública em sua totalidade. A publicação de boletins é uma prática tradicional do Centro de Referência. No entanto, agora, ele vem em formato digital. Você pode conferir a primeira edição aqui.
 
Na parte da tarde, será realizada a mesa-redonda O uso do audiovisual fortalecendo a comunicação entre Estado e sociedade para o controle da tuberculose, que será formada por cinco palestras: A produção de documentários na saúde, com a coordenadora da Vídeo Saúde Distribuidora (Icict/Fiocruz), Elaine Pontes, e Wagner Oliveira, do Selo Fiocruz Vídeo (Icict/Fiocruz); e A experiência com rádios e tvs comunitárias, com Marcia Castro, do Canal Saúde (Fiocruz). 
 
A mesa conta ainda com a apresentação do trailer do documentário Diários de Tuberculose – epidemia oculta, lançado pelo Selo Fiocruz Vídeo no âmbito do Edital Público Fiocruz Vídeo – 2013, com Ieda Rozenfeld e André Di Kabulla, responsáveis pela direção e roteiro do filme; Advocacy e o audiovisual, com o coordenador do Observatório Tuberculose Brasil (OTB/CRPHF/ENSP), Carlos Basilia; Audiovisual na educação: experiências no uso de séries de TV como recurso didático, com a figurinista e roteirista Bia Salgado; e a exibição do vídeo Determinantes Sociais de Saúde – Professor Alberto Pellegrini Filho - Programa de Educação Popular em Saúde para Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Vigilância em Saúde (AVS), com a pesquisadora da ENSP Luisa Pessôa, que é diretora e roteirista do vídeo.
 
O chefe do Centro de Referência, Otávio Porto – um dos entusiastas das ações –, lembrou que, há muitos anos, o Centro, tradicionalmente, integra-se nessa luta propondo atividades de promoção da saúde e prevenção do adoecimento, que é uma de suas missões institucionais. Ele falou ainda sobre a importância da participação de trabalhadores da saúde e também da sociedade em geral na discussão desse tema tão antigo, porém ainda emergente: “Esse é um importante debate, sobretudo no que se refere aos princípios já consagrados na Constituição Brasileira de 1988. Na luta contra a tuberculose, só a bandeira da justiça social, com o exemplo da participação cidadã, é capaz de nos levar à vitória”, defendeu Porto.
 
A tuberculose notifica cerca de 6 milhões de novos casos e leva a óbito mais de 1 milhão de pessoas por ano em todo o mundo. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos mundiais da doença. A incidência de tuberculose resistente a medicamentos agrava ainda mais esse tenebroso cenário. O que não se pode esquecer é que essa doença tem cura e seu tratamento é gratuito em toda a rede pública do Brasil. 
 
Imagem de capa: Município de Itaguaí/SC


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