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Epidemia do Zika Vírus: o que ainda precisamos saber?

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Publicado em:14/03/2016
Epidemia do Zika Vírus: o que ainda precisamos saber?Nesta terça-feira (15/3), a primeira edição do Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcelos da ENSP propõe esclarecer os principais aspectos que tangenciam a epidemia do Zika Vírus no país. O papel da Fiocruz, os desafios para compor uma rede de atenção às famílias vítimas da zika congênita e as previsões para mais dois ou três anos de intensidade razoável da epidemia serão os principais temas debatidos pelos pesquisadores Rivaldo Venâncio da Cunha, diretor da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Maria Elizabeth Lopes Moreira, do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), e Patricia Carvalho de Serqueira, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). "Apesar de existir há mais de meio século, por que somente agora o zika espalhou-se de forma ampla? Queremos elucidar questões contraditórias, responder às lacunas identificadas e promover o debate científico acerca da infecção pelo zika", garantiu a pesquisadora Letícia Cardoso, coordenadora do evento. O Ceensp "Estado da arte sobre a epidemia do zika vírus: o que já sabemos e o que ainda precisamos saber" está marcado para 14 horas, no auditório térreo da ENSP. A sessão é aberta ao público.
 
Na opinião do diretor da Fiocruz MS, a carência de uma rede ambulatorial especializada, sobretudo no diagnóstico, é o principal desafio para a conformação da rede de atenção às famílias. “A organização de uma rede para atender as atuais vítimas e futuras, tendo como pano de fundo a constatação de que o problema continuará pelo menos por mais dois ou três anos numa intensidade razoável, é fundamental. Devemos observar o problema de forma mais ampla, global. Quando somente nos referimos à microcefalia, deixamos de lado um conjunto de bebês, nascidos de mães expostas durante a gravidez ao vírus zika, e com cérebros de tamanho normal, mas que apresentam alterações. Portanto, entendemos que a microcefalia é uma das anomalias da zika congênita. Talvez a mais grave, mas não a única”, explicou o palestrante ao mencionar as diversas complicações impostas pelo vírus.
 
Pesquisadora do departamento de Epidemiologia da ENSP, Letícia Cardoso destaca que ainda há muita informação contraditória veiculada pela mídia. Para tanto, salientou a importância do debate na academia entre profissionais e alunos sobre a tríplice epidemia, dengue, zika e chikungunya.
 
Zika
 
O zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. Ele recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação, em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda. A preocupação com o vírus aumentou em novembro, quando elevado aumento do número de casos de microcefalia (uma anomalia congênita que se manifesta antes do nascimento e pode ser resultado de uma série de fatores de diferentes origens) em Pernambuco parecia estar associado ao vírus. 
 
Em 22 de outubro, o Ministério da Saúde (MS) informou ter reforçado a notificação e a investigação de casos da doença no estado. Pouco mais de um mês depois (28/11), o MS pôde confirmar a relação entre o vírus zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. 

Epidemia do Zika Vírus: o que ainda precisamos saber?

Serviço:

Ceensp: Estado da arte sobre a epidemia do zika vírus: o que já sabemos e o que ainda precisamos saber
Local: Auditório térreo da Escola Nacional de Saúde Pública
Dia: 15/3
Horário: 14 horas
Endereço: Rua Leopoldo Bulhões 1480 - Manguinhos
O evento é aberto aos interessados

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1 comentários
ORLEI AMARAL CARDOSO
09/04/2016 09:37
Prezados (as), A principio gostaria de parabenizar os autores que se propuseram escrever esta obra magnifica, pois é notório a existência de muitas dúvidas sobre este vírus Zika, certamente esta publicação elucidará muitas delas. Gostaria de saber como faço para obter um exemplar desta obra. Atenciosamente; Orlei Amaral Cardoso Biólogo/Especialista em Epidemiologia Vitória/ES