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Opas/OMS e laboratórios adotam diretrizes comuns para aprimorar identificação de casos de zika

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Publicado em:08/03/2016
Opas/OMS e laboratórios adotam diretrizes comuns para aprimorar identificação de casos de zikaA Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) e a Rede de Laboratórios de Diagnóstico de Arbovírus (Relda) das Américas anunciaram um acordo no final de fevereiro, em Porto Rico, sobre novas diretrizes comuns para o processo de identificação e confirmação de casos de suspeita de zika. A OMS, junto com a comunidade científica, busca desenvolver exames mais precisos para detectar o vírus. “Com a dengue e a chikungunya circulando na região, diagnosticar o zika é um grande desafio”, afirmou María Guadalupe Guzmán, presidente da Relda, em encontro organizado pela OMS na capital de Porto Rico, San Juan.

As diretrizes buscam estabelecer um novo algoritmo baseado em uma plataforma de controle da dengue já estabelecida em toda a região para a detecção por laboratório do zika. Segundo Guzmán, isso contribuirá para um diagnóstico mais preciso e uma vigilância mais eficaz da doença. O algoritmo serve para descartar ou confirmar dengue, chikungunya e zika, e pode ser ajustado às condições de cada país, segundo o assessor regional em Doenças Virais da Opas/OMS, Jairo Méndez.

“O melhor momento para realizar o exame de laboratório por zika é durante os primeiros cinco dias após iniciados os sintomas”, informou Méndez. De acordo com ele, a realização do exame neste período torna os resultados mais precisos do que os que são feitos em uma etapa posterior. No entanto, registrar casos de zika é difícil para os serviços de saúde porque até 80% dos infectados não chegam a apresentar sintomas e, quando os têm, estes aparecem de forma leve, fazendo com que muitos enfermos não busquem ajuda médica.

Febre leve e erupção na pele, dor muscular ou em articulações e conjuntivite são sintomas mais frequentes, parecidos com os da dengue e chikungunya – vírus transmitidos pelo mesmo mosquito, Aedes aegypti, quando infectado. O diagnóstico do zika é importante particularmente para mulheres grávidas, devido à possibilidade de relação com o vírus e o nascimento de bebês com microcefalia e outras malformações congênitas, além de ligação com o aumento de síndromes neurológicas, como a de Guillain-Barré.

Desde que o Brasil reportou casos de zika em 2015, o vírus chegou a 31 países e territórios das Américas, segundo a OMS.

Fonte: ONU Brasil
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