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Pesquisa contribui com modelo de serviços farmacêuticos para controle de diabetes mellitus

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Publicado em:04/03/2016
Pesquisa contribui com modelo de serviços farmacêuticos para controle de diabetes mellitusA pesquisa Modelo de Serviços Farmacêuticos aos Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus: dispensação e seguimento farmacoterapêutico foi desenvolvida por pesquisadores da ENSP, no âmbito da Rede do PDTSP-Teias, do Programa de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Saúde Pública da Fiocruz. Seus resultados foram divulgados no portfólio, lançado recentemente pela Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPPLR/Fiocruz), Rede de Pesquisa no Território de Manguinhos - uma parceria entre academia, serviços de saúde e sociedade civil. A coordenação desse projeto ficou a cargo da pesquisadora da ENSP Vera Lucia Luiza e utilizou uma metodologia de pesquisa-ação, ou seja, que interage com a realidade.
 
Além de Vera Lucia, que trabalha no Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica, o trabalho teve a colaboração dos pesquisadores Luisa Arueira Chaves e Luiz Villarinho Pereira Mendes, ambos da ENSP. No Portfólio, Vera afirma sempre ter tido receio de ser uma acadêmica que esquece a relação com o serviço e a sociedade e faz ciência abstrata. Ela ressaltou ainda que, infelizmente, nesse projeto, interagiu mais com os profissionais e outros pesquisadores do que com os usuários por conta de utilizar dados secundários, que foram coletados nos prontuários. 
 
A pesquisa objetivou contribuir com o modelo de serviços farmacêuticos para o controle do diabetes mellitus no território, com a possibilidade de aplicação em outras doenças crônicas, sendo o grupo de idosos o principal participante. Ela ocorreu nas duas unidades de atendimento no âmbito do Teias-Escola Manguinhos – o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Farias (CSEGSF/ENSP) e a Clínica da Família Victor Valla – e contou com o envolvimento de diferentes atores.
 
Vera ressaltou, ainda, a interação com os outros grupos de pesquisadores da Rede PDTSP-Teias. Segundo ela, “embora sejamos uma única instituição, acabamos interagindo pouco com outros pares, inclusive aqueles que trabalham em campos que fazem interface com o nosso. A interação possibilitada pela Rede foi interessante e rica”, disse ela. 
 
A pesquisadora detalhou que a proposta da Rede PDTSP-Teias permitiu importante experiência, desde ajustes metodológicos até o modo de apresentar o objeto de estudo aos outros pesquisadores. Ela contou também que, em 2014, a pesquisa recebeu menção honrosa no 5º Congresso Brasileiro Sobre o Uso Racional de Medicamentos, em São Paulo.
 
Outro ponto destacado por Vera Lucia foi o jogo Adivinhando Saúde, uma adaptação do produto de um projeto coordenado
pela pesquisadora do Museu da Vida, Maria das Mercês Navarro Vasconcellos. As perguntas iniciais do jogo foram reelaboradas com conteúdos relacionados à assistência farmacêutica, e a outras questões identificadas como relevantes pelos coordenadores dos projetos da Rede. Na Feira de Ciências da Fiocruz, realizada em 2012, a integrante da pesquisa Luisa Arueira aplicou o jogo com os participantes do evento. “Esse produto foi inesperado e muito bom de elaborar, um espaço de construção coletiva e de interface com outros grupos de trabalho.”
 
Outro fruto do projeto que não estava previsto foi a cartilha sobre acesso aos medicamentos, produzida com orientação para os usuários de saúde. “Quando você está do outro lado, elaborando o desenho do fluxo desse acesso aos medicamentos, imagina que está tudo muito claro. No entanto, ao se colocar na posição do usuário, descobre que não está. É importante para o pesquisador e o gestor perceberem esse fato”, admitiu Vera Lucia. 
 
A pesquisadora defendeu, ainda, que a constituição de um modelo de serviço farmacêutico para a diabetes mellitus seja uma ferramenta útil para o processo de gestão da Estratégia de Saúde da Família e possibilite compreender a importância da inserção dos Serviços Farmacêuticos no SUS. 
 
O PDTSP-Teias
 
O Projeto Teias-Escola Manguinhos foi iniciado em 2009, por meio de um contrato de gestão entre a Fiocruz e a Prefeitura do Rio de Janeiro, para gerir a Atenção Básica de Saúde e formalizou a cooperação entre o governo federal - via Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) - e os governos estadual e municipal do Rio de Janeiro. A Rede PDTSP-Teias desenvolveu pesquisas associadas às práticas de promoção, prevenção e atenção à saúde e buscou criar referências para processos de trabalho que pudessem inspirar tanto as ações em Manguinhos como em outros territórios, gerando retorno concreto à gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e melhoria de vida das pessoas. A Rede PDTSP-Teias, uma parceria entre a Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPPLR) e a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), é coordenada pela pesquisadora da ENSP Isabela Santos.
 

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