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Decisões bem informadas sobre gravidez são essenciais contra vírus zika, destaca ONU

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Publicado em:29/01/2016
Decisões bem informadas sobre gravidez são essenciais contra vírus zika, destaca ONUO vírus zika é um problema de saúde pública que afeta diretamente o exercício dos direitos reprodutivos de mulheres e casais, pois aumenta os riscos à saúde de bebês cujas mães foram infectadas durante a gravidez. Várias ações são necessárias para o controle do mosquito do tipo Aedes, responsável pela transmissão da doença, que dependem do engajamento de todas as pessoas. Além disso, é necessária atenção especial às mulheres em idade fértil, notadamente mulheres grávidas, que estejam planejando engravidar ou que possam engravidar por não terem acesso aos meios contraceptivos necessários para evitar gravidezes indesejadas.
 
O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil ressaltou que mulheres e casais têm o direito a ter acesso a informações sobre o vírus, formas de transmissão e prevenção, bem como os riscos relacionados às malformações congênitas, como a microcefalia, para que possam tomar decisões informadas e embasadas em evidências científicas. Além disso, é fundamental que as pessoas interessadas tenham acesso a aconselhamento profissional e, caso decidam adiar a gravidez, possam contar com métodos contraceptivos adequados para cada caso, que podem ser obtidos em postos de saúde. Mulheres grávidas devem evitar a exposição ao mosquito do tipo Aedes e buscar o devido acompanhamento pré-natal regularmente, que também é assegurado a todas as interessadas pela rede pública de saúde.
 
“O surto de zika impacta diretamente no planejamento da vida reprodutiva de mulheres e casais, já que existem fortes indícios de que as infecções em mulheres grávidas estão relacionadas com o aumento dos casos de malformações cerebrais conhecidas como microcefalia”, explicou o representante do UNFPA no Brasil, Jaime Nadal Roig. Por essa razão, continuou ele, “é fundamental que as pessoas busquem se informar sobre a doença e as formas de prevenção, para que possam tomar as melhores decisões sobre engravidar agora ou adiar para um momento futuro. É importante que as pessoas possam exercer seus direitos reprodutivos de forma autônoma, bem informada, sem pressões ou constrangimentos de nenhum tipo”.
 
Jaime Nadal destaca ainda, a importância de se ampliar a oferta de métodos contraceptivos para mulheres em idade fértil que não desejam engravidar, reduzindo a chamada “demanda não atendida” por planejamento reprodutivo. Segundo estudo da Divisão de População da ONU, 7,7% das mulheres brasileiras casadas ou vivendo em união estável com idade entre 15 e 49 anos gostariam de evitar ou adiar a gravidez, mas não têm acesso aos meios para isso.
 
Ele lembra que não há tratamento específico para a microcefalia e não foi desenvolvida ainda uma vacina contra o zika, sendo que o método de prevenção indicado para mulheres grávidas é evitar a exposição ao mosquito. Para o representante, as ações de combate ao Aedes são essenciais, já que, além do zika, ajudam a evitar também a dengue e a febre chikungunya, doenças também transmitidas pelo mosquito.
 
Nadal adicionou que o UNFPA prioriza o alcance universal do acesso à saúde sexual e reprodutiva e trabalha para a efetivação dos direitos reprodutivos, beneficiando principalmente mulheres, jovens e adolescentes em situação de maior vulnerabilidade. Nesse sentido, atua juntamente com seus parceiros nacionais para assegurar maior acesso e melhor qualidade dos serviços de saúde e ações de promoção e atenção à saúde sexual e reprodutiva.
 
Leia aqui a matéria na íntegra.

Fonte: ONU Brasil
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