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Revista Ciência e Saúde Coletiva: pesquisadores da ENSP falam sobre saúde do idoso

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Publicado em:17/02/2016
Revista Ciência e Saúde Coletiva: pesquisadores da ENSP falam sobre saúde do idosoA revista Ciência e Saúde Coletiva volume 20, n°12, disponível on-line, traz como tema a saúde dos idosos. O editorial assinado pelo pesquisador canadense Dr. Réjean Hébert fala das mudanças que o envelhecimento da população trazem para o setor saúde, entre elas uma maior prevalência das doenças crônicas sobre as agudas. Consequentemente, segundo Hébert, o modelo da atenção deveria mudar, passando a ter como centro a comunidade e não o hospital.    
 
-"Nosso objetivo deverá ser o de otimizar a autonomia individual, reduzindo a incapacitação mediante o suporte necessário para atenuar as deficiências de cada indivíduo", explica o pesquisador no texto que abre a edição da revista.
 
A pesquisadora da ENSP Mônica Martins, do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Daps), assina, junto com Wilson Marques Vieira Júnior, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o artigo Idosos e planos de saúde no Brasil: análise das reclamações recebidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. O estudo analisou reclamações recebidas pela ANS entre os anos de 2010 e 2012. Os idosos, proporcionalmente, são o grupo que mais fez reclamações, a maioria delas referente à cobertura assistencial. A hipótese levantada pela pesquisa é a de que os grupos mais propensos a utilizar os serviços de saúde são os mais prejudicados pelos dispositivos organizacionais dos planos, como é possível ler no trecho a seguir.
 
“(...) pode-se reconhecer que há um ponto de tensão considerável na relação idosos-operadora de saúde. Há dificuldades para o ingresso deles nos planos de saúde, seja por estratégias de comercialização, por constrangimentos ou por dificuldades impostas, como exigir laudos médicos ou entrevistas qualificadas. Há ainda a adoção de mecanismos de regulação, como exigência de autorização prévia ou análises de solicitações médicas, que dificultam a utilização da rede assistencial. Embora estas condutas incidam sobre todos os grupos, pode-se supor que seu efeito seja maior nas faixas etárias mais avançadas ou em portadores de doenças cujo tratamento inclui uso intenso de tecnologias caras. Acrescente-se ainda o impacto do reajuste da mensalidade ao atingir a última faixa etária, com aumentos que podem ultrapassar 100% do valor da mensalidade, o que pode impossibilitar o pagamento, resultando na migração do idoso para o SUS”.
 
Claudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro e Rondineli Mendes da Silva, do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (NAF), assinam com Aurélio de Araújo Maia  e Mariana de Carvalho Barbosa Ramos, do Ministério da Saúde e   Rosângela Caetano, da UERJ, o artigo Aquisição de medicamentos para a Doença de Alzheimer no Brasil: uma análise no sistema federal de compras, 2008 a 2013. A pesquisa traça um perfil evolutivo das quantidades, gastos e preços praticados no período indicado no título. Levando em conta a mudança demográfica por que passa a população brasileira, com uma tendência ao envelhecimento, o texto lembra dos impactos econômicos do Alzheimer e problematiza questões relativas às políticas públicas de distribuição de medicamentos. Leia, abaixo, trecho do artigo.
 
“Nota-se que os mecanismos de provisão do sistema (PDP) estão se multiplicando e o volume de compras dos medicamentos para DA aumentando. Por outro lado, a demanda judicial por esses medicamentos está diminuindo proporcionalmente, significando um direcionamento das compras de anticolinesterásicos no sentido da normalização dos mecanismos de aquisição. Até que ponto o aumento nos quantitativos comprados representa, por um lado, melhor acesso, ou por outro, sobreprescrição de medicamentos, não é possível revelar com base nos dados de compras. No entanto, seria importante investigar se os incrementos verificados estão atendendo às necessidades sanitárias do país.
 
Também levanta preocupações o volume de recursos que vem sendo consumido na aquisição de medicamentos para a DA fora do PCDT instituído pelo MS, sobretudo pelo Ministério da Defesa. Nesse sentido, o trabalho realizado não apenas aponta para um consumo fora do recomendado, mas sinaliza para potencial diferença de acesso entre a população assistida por diferentes entes de um mesmo e único governo”.
 
Clique aqui e confira a íntegra desta edição.

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