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Especialização em Segurança do Paciente já formou cerca de mil alunos

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Publicado em:10/12/2015

Especialização em Segurança do Paciente já formou cerca de mil alunosCom a proposta de disseminar a cultura da segurança do paciente nos serviços de saúde e, assim, diminuir a frequência e a magnitude dos incidentes relacionados ao cuidado em saúde, a ENSP, em parceria com Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa (ENSP/UNL), acaba de formar cerca de mil alunos no curso internacional de especialização em Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente. A formação, oferecida concomitantemente no Brasil e em Portugal, desenvolveu-se na modalidade a distância. Seus resultados foram apresentados recentemente ao Comitê de Implantação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), do qual pesquisadores da ENSP são integrantes. O coordenador do curso no Brasil e pesquisador da Escola, Walter Mendes, apontou como excelentes os resultados do curso. "Estamos buscando financiamento para uma segunda edição do curso. Para tanto, propostas de mudanças e melhorias para a formação já estão em andamento", disse.

Mendes explicou que o curso no Brasil abrangeu profissionais de saúde de 225 hospitais. Além de terem sido capacitados no tema, o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) foi um projeto de intervenção para o hospital em que trabalham. “Por isso a formação auxiliou na capilarização do PNSP”, ressaltou. Ele disse ainda que todos os hospitais que participaram do curso organizaram núcleos de segurança do paciente, desenvolveram um plano local de segurança do paciente e uma estratégia de implementação dos protocolos de segurança do paciente, que constam no programa nacional e são indicados como prioritários pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

No dia 23 de novembro tutores, alunos e técnicos da EAD/ENSP estiveram reunidos para avaliar o resultado da pesquisa realizada entre os alunos e tutores sobre o curso. Entre os alunos formados, 54% eram enfermeiros, cerca de 20% eram farmacêuticos e 16% médicos. No que se refere ao local de origem dos mesmos, 45% deles eram da região Sudeste, seguidos de 25% do Nordeste, 13% do Centro-Oeste, 10% da região Norte e 9% do Sul. Entre os alunos, mais de 50% deles já eram especialistas em alguma área, no entanto, somente 4% tinham formação em nível de doutorado.

Sobre o conteúdo do curso, sua metodologia e clareza, 98% dos alunos apontaram que seu conteúdo despertou o interesse ou o motivou para os estudos. Quase 100% deles indicaram que a clareza do conteúdo os auxiliou no aperfeiçoamento de sua prática na qualidade em segurança do paciente. Em relação as mudanças em seus locais de trabalho a partir dos conhecimentos adquiridos na formação, 82% dos participantes indicaram já perceberem alterações. Além disso, mais de 90% dos alunos afirmaram que o curso alterou a sua perspectiva em relação à segurança do paciente.

Como apoio ao curso, dois livros foram lançados: Segurança do Paciente: conhecendo os riscos nas organizações de saúde e Segurança do Paciente: criando organizações de saúde seguras. As publicações são uma coorganização de Walter Mendes e do coordenador do curso em Portugal e pesquisador da UNL Paulo Sousa. Apesar de terem sido desenvolvidos para o curso, as obras são independentes, e foram pensadas no sentido de minorar a escassez de publicações sobre essa temática, em especial em língua portuguesa. Eles se alinham às orientações e diretrizes da OMS, do PNSP (no âmbito do Ministério da Saúde brasileiro) e também do governo de Portugal. Os dois livros foram publicados pela EAD/ENSP e Editora Fiocruz e podem ser adquiridos pelo portal http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/editora-fiocruz..

O PNSP, lançado em 2013 pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), definiu quatro eixos prioritários: O estímulo a uma prática assistencial segura, contendo os protocolos, os planos (locais) de segurança do paciente dos estabelecimentos de Saúde, a criação dos Núcleos de Segurança do Paciente e o sistema de notificação de incidentes; Envolvimento do cidadão na sua segurança; Inclusão do tema segurança do paciente no ensino (educação permanente, pós-graduação e graduações da Saúde); e O incremento de pesquisa em segurança do paciente.

O Programa Nacional conta com o auxílio do Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente (Proqualis/Fiocruz), do qual fazem parte diversos pesquisadores da ENSP, entre eles Mendes e Victor Grabois, que é coordenador do Centro. O Proqualis foi o responsável pela coordenação do desenvolvimento de uma das principais ações desse novo programa: os protocolos de segurança do paciente com foco nos problemas de maior incidência.

*Fotos: arquivo pessoal da coordenação do curso internacional de especialização em Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente


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