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Programas de controle de processos endêmicos são tema de publicação

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Publicado em:01/12/2014

*Por Fernanda Marques

Programas de controle de processos endêmicos são tema de publicaçãoA trilogia sobre avaliação em saúde agora está completa: depois dos títulos sobre análise da implantação de programas, de 1997, e sobre avaliação de programas e sistemas de saúde, de 2005, a Editora Fiocruz lança Avaliação em Saúde: dos modelos teóricos à prática da avaliação de programas de controle de processos endêmicos. Organizada pela médica Elizabeth Moreira dos Santos e pela psicóloga Marly Marques da Cruz, ambas pesquisadoras do Laboratório de Avaliação de Situações Endêmicas da Escola Nacional de Saúde Pública (Laser/Densp/ENSP), a nova coletânea vem preencher uma lacuna importante no âmbito dos programas voltados para o controle dos processos endêmicos.

Os capítulos do livro apresentam estudos sobre programas de dengue, sífilis congênita, vigilância em saúde, HIV e tuberculose. Esses estudos avaliativos não podem extrapolar seus resultados para outras realidades, mas compartilham com elas conceitos, fundamentos e questões, bem como fatores que facilitam ou dificultam as ações em saúde. “Os problemas e indagações estudados não são exclusivos dos programas ou serviços analisados, mas perpassam quase todas as práticas, intervenções e objetos dos leitores interessados na avaliação em saúde”, afirma Zulmira Hartz, subdiretora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, que organizou os dois primeiros livros da trilogia e assina o prefácio do terceiro.

Os três volumes têm a preocupação de articular o discurso com a prática, a teoria com a ação, de modo a aproximar a produção acadêmica dos serviços de assistência à saúde. Eles propõem processos avaliativos não para gerar informações de forma burocrática, mas para compreender como e por que aqueles resultados são produzidos, tornando-os cada vez mais relevantes para melhorar os serviços estudados. E isso requer avaliações que contemplem tanto as perspectivas técnicas e normativas quanto a visão dos usuários. Dessa forma, os achados de um processo avaliativo podem, de fato, contribuir para a tomada de decisões, os ajustes necessários nos programas ou a busca de novas alternativas.

“Apresentam-se aqui abordagens em avaliação compromissadas com a mudança social e a melhoria das ações em saúde”, afirmam Elizabeth e Marly sobre o novo livro. Segundo as organizadoras, a coletânea cumpre três objetivos principais: pensar o papel social da avaliação; discutir os problemas envolvidos na aproximação da teoria à ação no processo avaliativo; e colaborar com a prática de profissionais em avaliação no desenvolvimento de projetos ou planos de avaliação com foco na melhoria das ações. O livro se destina especialmente a esses profissionais, que, cada vez mais, precisam desenvolver habilidades de ‘tradutores’ e ‘negociadores’.

“Para se construir um bom sistema de monitoramento, a primeira coisa é identificar as atividades estratégicas, pactuar e construir as metas e os indicadores a serem acompanhados”, descrevem Elizabeth e Marly. “Iniciativas de monitoramento e avaliação passam a desempenhar um importante papel no gerenciamento de programas de saúde, assegurando que os recursos direcionados aos programas sejam utilizados, que as atividades sejam realizadas de maneira oportuna, que a população tenha acesso aos serviços oferecidos e que o controle de riscos e danos seja efetivo”, resumem.
 

Programas de controle de processos endêmicos são tema de publicação


*Fernanda Marques é jornalista da Editora Fiocruz.


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