Oficina debate propostas de formação em Trabalho, Saúde e Ambiente
*Alex Bicca
Com o objetivo de discutir e traçar estratégias de formação integrando as áreas de Trabalho, Saúde e Ambiente, ocorreu no dia 19 de outubro, em Belo Horizonte, a Oficina de Formação e Qualificação profissional no campo da Saúde, Trabalho e Ambiente, como parte do 2º Simpósio Brasileiro de Saúde e Ambiente. A coordenação da atividade esteve a cargo do vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da ENSP, Frederico Peres; de Rita Mattos, pesquisadora do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP/Fiocruz); e da coordenadora da Secretaria Executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública, Rosa Souza.
O encontro ainda contou com a presença do diretor da ENSP, Hermano Castro. Representando a Rede de Escolas, estiveram presentes Ilma Pastana, da Universidade do Estado do Pará (UEPA); Lenilma Bento, do Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva da UFPB; Juliana Mesquita, da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG); Olga Alencar, da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE); e Caco Xavier, da Secretaria Executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública. O evento contou com a participação ativa de muitos convidados especialistas nas áreas em questão, vindos de várias instituições de todo o país, ligadas a universidades, estados e municípios.
A partir das discussões, foram identificadas cinco dimensões: teórico-conceitual; pedagógica; desenho pedagógico e das estratégias formativas; da incorporação de tecnologias educacionais; e dimensão política. Dessas dimensões, ficou assinalado que a formação em Saúde, Trabalho e Ambiente precisa, no âmbito teórico-conceitual, articular as fortalezas de cada instituição em um programa de formação orientado pela prática, sem se afastar do escopo e da expertise de cada centro formador.
Na concepção pedagógica, tem de haver uma formação 'humana' com ênfase na autonomia e no empoderamento, e uma articulação com a prática, onde o aluno seja agente da formação, e não 'alvo'. O desenvolvimento e o acompanhamento pedagógico devem ser fruto de trabalho colaborativo. Já na dimensão do desenho pedagógico e das estratégias formativas avaliou-se que esse é um grande desafio de gestão pedagógica e acadêmica. Apontou-se a necessidade de apresentar um desenho de itinerário formativo junto aos atores da prática e aos gestores e a necessidade de que a avaliação seja parte do processo formativo.
*Alex Bicca é jornalista Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública.
Sibsa 2014