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'Investimento na atenção ao parto fortalece sistemas de saúde'

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Publicado em:17/10/2014
'Investimento na atenção ao parto fortalece sistemas de saúde'Durante a mesa que discutiu a Assistência ao parto no mundo, realizada durante a Ecos da 9th International Research Conference - Normal é natural: da pesquisa à ação, a presidente do Royal College of Midwives, no Reino Unido, Lesley Page, destacou que o parto e o nascimento são um dos poucos momentos capazes de despertar sentimentos ímpares a todos os povos. Para ela, investir na saúde materna e do bebê traz uma vantagem enorme para os governos e a ciência. "Precisamos de estratégias e investimentos porque, além de salvar a vida de mulheres e crianças, essa ação fortalece sistemas de saúde e melhora a economia dos países". 
 
A madrinha do movimento de humanização do parto no Reino Unido fez questão de ressaltar que uma boa atenção primária à saúde é base fundamental para possibilitar a assistência eficaz ao parto. Ainda segundo ela, investir na área de enfermeiras obstetras e obstetrizes traz um resultado 16 vezes maior para o serviço de saúde que o gasto envolvido na formação dessas profissionais. “O investimento para uma boa assistência ao parto é tão importante quanto a vacinação do bebê”, admitiu.
 
Após revelar que o Royal College of Midwives possui mais de 40 mil membros e influencia as políticas de governo no Reino Unido, Page afirmou que o direito ao parto normal ou natural deve ser essencial a cada mulher. “Uma das ações do RCM é proporcionar o melhor parto e nascimento. Mas também procuramos auxiliar mulheres que têm uma gravidez mais complexa. Se ela precisar de cesariana, temos que lhe dar suporte emocional, confortar a família. O auxílio da parteira é importante, da mesma forma como o contato com o bebê e a continuidade no atendimento”.
 
'Investimento na atenção ao parto fortalece sistemas de saúde'Ao mencionar o tema da mesa, a convidada disse que a International Confederation of Midwives (ICM) trabalha em estreita colaboração com parteiras e associações a fim de garantir os direitos das mulheres e o acesso aos cuidados de obstetrícia antes, durante e após o parto. “As parteiras ainda possuem um status diferente em todo o mundo. A situação é muito difícil nos países da África subsaariana, e precisamos de estratégias para trabalhar em conjunto. A ICM nos dá suporte, mas também precisamos aprender uns com os outros. Recebi muitas lições de vocês aqui no Brasil e dos parceiros do Royal College. É preciso focar na ideia da solidariedade: isso significa trabalhar em conjunto para prestar um melhor atendimento à mulher, ao bebê. Dar à luz, ser mãe, pai, formar uma família é simplesmente algo sensacional. Dividir com vocês essa paixão é muito especial”.
 


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