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Revista Radis de outubro está no ar

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Publicado em:06/10/2014
Revista Radis de outubro está no arA edição 145 de outubro de 2014 da Revista 'Radis, que está on-line, destaca a regionalização do Sistema Único de Saúde. De acordo com a matéria de capa, em 1992, o tema da 9ª Conferência Nacional de Saúde indicava: Municipalização é o caminho. Em 2014, sanitaristas reveem criticamente o processo de descentralização da saúde no Brasil e reinventam esse slogan. “Agora, regionalização é o caminho”, disse o presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Luis Eugenio Portela, em seminário do 7º Congresso Interno da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em agosto.
 
“A municipalização foi a estratégia mais viável de descentralização, pois permitiu a aliança entre os sanitaristas e os municipalistas. Olhando, retrospectivamente, é possível pensar que houve, sim, um exagero na municipalização, como se fosse possível que todos os municípios cumprissem o papel de único prestador de serviços”, analisa Luis Eugenio na matéria.
 
No processo, diz ele, ocorreu um desvirtuamento da noção de “comando único”: quando criado, o conceito pretendia unificar o comando do sistema de saúde no Ministério da Saúde e nas secretarias da Saúde, superando a dicotomia com a área da Previdência Social. Segundo o presidente da Abrasco, não faz sentido em uma Federação - “ainda mais em uma área como a Saúde, que exige participação solidária das três esferas de governo”.
 
A Radis adaptou o texto do documento Algumas hipóteses desesperadas e uma utopia possível: o SUS Brasil, do professor titular da Unicamp, Gastão Wagner de Sousa Campos, que advoga que “o SUS ainda necessita de uma ampla reforma administrativa e organizacional, e que, portanto, as inovações contidas na Lei Orgânica da Saúde e em leis e decretos posteriores não foram suficientes para proteger o SUS do caráter clientelista, privatista e ineficiente do Estado brasileiro.” A essa forma de fragmentação decorrente da dificuldade de integração em rede das políticas, programas e serviços federal, estaduais e municipais, disse campos, somou-se ainda uma antiga fragmentação típica da tradicional saúde pública brasileira, que atuava com programas focais, voltados cada um para um tipo de risco ou de enfermidade e que foi ampliada ao longo da existência do SUS. 
 
O portal especializado em reportagens sobre justiça, segurança e direitos humanos, a Ponte, busca ir além do factual e abre espaço para outras vozes e questionamentos foi objeto de outra reportagem da seção Comunicação e Saúde da Radis. “A violência que acontece cotidianamente nas periferias não é considerada suficientemente relevante para os jornais tradicionais”. Essa constatação, expressa pela jornalista Maria Carolina Trevisan, foi feita pelos vinte profissionais de comunicação que se reuniram para desenvolver o projeto da Ponte (ponte.org), portal online sobre justiça, segurança pública e direitos humanos. “A gente queria ir na contramão, fazer essa ponte entre o que é notícia, mas não está no jornal, e o público que precisa ser informado”, explica ela, uma das integrantes do grupo. Desde junho no ar, o portal lança um novo olhar sobre a cobertura de violência, problematizando a questão e tratando das suas causas e consequências, dos contextos e das políticas públicas. “A gente busca fazer reportagens que não sejam só baseadas no fato em si, mas em outros questionamentos e reflexões, ligados aos direitos humanos, à cidadania, à responsabilização do Estado. É relevante destacar se determinado ato de violência é causado pelo Estado ou por uma omissão do Estado”, aponta Maria Carolina. 
 
A Radis ainda contempla outras matérias disponíveis na seção de reportagensAcesse na íntegra a Radis de número 145.

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Divulgação Científica Radis

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