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Escola debate os 50 anos do Golpe Militar no dia 30/4

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Publicado em:29/04/2014
Escola debate os 50 anos do Golpe Militar no dia 30/4No dia 30 de abril, a Comissão Nacional da Verdade da Reforma Sanitária (CVRS) e a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) promovem o debate 50 anos do golpe militar no Brasil: visões militantes. O evento, que tem por objetivo aprofundar a reflexão a respeito dessa experiência histórica e seu legado para o presente e futuro próximo, também será acompanhado do relançamento do livro 50 anos desta noite, do médico e sanitarista Eduardo de Azeredo Costa, e de uma exposição da Anistia Internacional. A atividade é aberta ao público e está marcada para às 9 horas, no salão internacional da ENSP.
 
O debate sobre os 50 anos do Golpe Militar será coordenado por Anamaria Tambellini, presidente da Comissão da Verdade da Reforma Sanitária, e Eduardo Stotz, pesquisador da ENSP. Participam como palestrantes o jornalista Cid Benjamin, o professor da Faculdade de Saúde Pública da USP e membro da Comissão da Verdade da Associação Paulista de Saúde Pública, Carlos Botazzo, e o engenheiro eletricista e assessor técnico aposentado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Ceici Kameyama.
 
50 anos do golpe militar no Brasil: visões militantes
 
Durante o mês de março uma parte do noticiário nacional foi dedicada à recordação dos 50 anos decorridos do golpe militar que, em 1964, depôs o presidente eleito João Goulart e iniciou a mais longa ditadura de nossa história republicana. Os debates envolveram instituições da sociedade civil e públicas, pautando-se, em grande medida, na atuação da Comissão Nacional da Verdade, em funcionamento desde maio de 2012. Na imprensa predominaram, portanto, matérias relacionadas à violência estatal vistas sob o ângulo do arbítrio e a busca de informações sobre mortos e desparecidos nos cárceres da ditadura militar.
 
Nos debates acadêmicos houve maior aprofundamento, trazendo-se à tona questões relacionadas às raízes e à caracterização do golpe militar de 1964, ao processo de instauração e natureza de classe do regime, suas bases sociais e o papel das instituições públicas e privadas na sua sustentação. Outros aspectos importantes abordados nestes debates dizem respeito às mudanças econômicas, sociais e políticas deste período, assim como a resistência social que culminou na redemocratização política do país, expressa na anistia, nas constituinte de 1988 e nas eleições diretas de 1989.
 
Contudo, não houve, até o momento, um debate político de caráter militante sobre a complexidade deste contexto. Diversamente das análises acadêmicas, as visões dos atores políticos implicam situar as questões acima na perspectiva do socialismo e do aprofundamento das reformas necessárias à superação das profundas desigualdades sociais que se acentuaram a partir de então. Essa mesma perspectiva permite situar de outra forma a problemática de saúde das populações, principalmente das classes trabalhadoras, e o sentido político da Reforma Sanitária no Brasil. Dessa forma, o debate sobre os 50 anos do golpe militar no Brasil: visões militantes, promovido pela CVRS e a ENSP, tem por objetivo aprofundar a reflexão a respeito dessa experiência histórica e seu legado para o presente e futuro próximo.
 
50 anos desta noite
 
Escola debate os 50 anos do Golpe Militar no dia 30/4O livro do médico e sanitarista Eduardo de Azeredo Costa 50 anos desta noite será relançado durante o evento em alusão ao Golpe de 64. A publicação, do ano de 2011, aborda um dos momentos mais dramáticos da história republicana brasileira. Na época, Costa era um estudante de medicina e também tomava as decisões que selariam o seu destino. O texto apresenta as memórias desses tempos e do médico sanitarista que fez das causas populares, seja no campo político, seja na vida profissional, a sua própria razão de existir.
 
A publicação narra, em primeira pessoa, uma trajetória pessoal que permeia os mais graves acontecimentos políticos da história recente do País: entre a posse de Jango e sua queda três anos após, o sonho da construção de um projeto soberano de nação; depois, a frustração e o terror dos momentos que se seguiram. Em meio a tudo isso, a vida profissional e afetiva de Eduardo Costa se desenvolvia com a força inexorável da juventude, sem se divorciar dos compromissos políticos assumidos naquele verdadeiro batismo de armas.
 
Escola recebe exposição da Anistia Internacional
 
Escola debate os 50 anos do Golpe Militar no dia 30/4A partir de segunda-feira (28/4) a ENSP receberá a exposição organizada pela Anistia Internacional que faz parte da campanha 50 dias contra a impunidade, lançada pela ONG no dia 1º de abril, na Cinelândia, data do Golpe Militar de 1964 no país. A mostra consiste em 21 escudos policiais montados sobre botas militares um para cada ano que o Brasil esteve sob ditadura.
 
Os escudos, em tamanho real, lembram episódios de violação de direitos humanos cometidas por agentes do Estado como, por exemplo: ‘1968 - AI5 - fechamento do congresso’, ‘1971 - desaparecimento de Rubens Paiva’ e ‘1975 - assassinato de Vladimir Herzog’. A exposição ficará na ENSP, por tempo indeterminado e pode ser conferida no pátio de entrada da Escola.
 
Serviço
50 anos do golpe militar no Brasil: visões militantes / Relançamento do livro 50 anos desta noite / Exposição da Anistia Internacional
Convidados: Cid Benjamin (jornalista), Carlos Botazzo (professor da Odontologia da USP, Comissão de Verdade da Associação Paulista de Saúde Pública) e Ceici Kameyama (engenheiro eletricista, assessor técnico aposentado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). 
Coordenação: Anamaria Tambellini (Comissão da Verdade da Reforma Sanitária) e Eduardo Stotz (ENSP)
Local: Salão Internacional da ENSP. 
Data/Hora: 30 de abril de 2014, às 9 horas

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