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Aula inaugura mestrado em Sistemas de Saúde em Moçambique

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Publicado em:14/04/2014
Danielle Monteiro e Jacinto Nhancale

Com a palestra Sistemas de saúde em Moçambique – História e perspectivas, foi aberto oficialmente, na capital moçambicana, Maputo, o curso de mestrado em Sistemas de Saúde. A iniciativa é fruto da cooperação entre o Instituto Nacional de Saúde (INS), vinculado ao Ministério da Saúde de Moçambique (Misau) e a Fiocruz. Na abertura do evento, o diretor nacional de Saúde Pública do país africano, Francisco Mbofana, afirmou que o mestrado vai responder às necessidades de mão de obra qualificada e competente para Sistema Nacional de Saúde (SNS). “As teses resultantes deste curso vão abordar temas alinhados com as principais preocupações do sistema de saúde de Moçambique”, disse. Já o diretor do INS, Ilesh Jani, argumentou que o mestrado consolida uma escola no instituto, no qual há cerca de 50 estudantes que fazem pós-graduação em diversas áreas da saúde, organizada pelo Misau, INS e parceiros.

Aula inaugura mestrado em Sistemas de Saúde em Moçambique
 
O diretor do Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA), Mouzinho Saide, fez uma abordagem histórica do sistema de saúde em Moçambique desde os anos 1970 e teceu as perspectivas para o SNS. “Espero que as competências adquiridas pelos mestrandos possam servir de resposta aos desafios das políticas de saúde que se colocam no país”, disse. O encontro ainda contou com a presença da coordenadora de Pós-Graduação da Fiocruz, Cristina Guilam, e o representante do Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento Internacional (IRDC), Qamar Mahmood, que, na ocasião, reconheceram a importância da iniciativa para o fortalecimento da colaboração intra e transinstitucional.
 
Mestrado em Sistemas de Saúde
 
Financiado pelo Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento Internacional (IDRC, na sigla em inglês) - agência pública do governo canadense -,  o mestrado em Sistemas de Saúde vai formar 14 profissionais ligados ao Misau, ao INS e a universidades e outras instituições públicas do setor. A proposta é que eles atuem diretamente no sistema de saúde moçambicano − nos serviços, na gestão ou em pesquisa. O projeto integra o Programa Estratégico de Cooperação entre a Fiocruz e o INS e conta com parcerias horizontais em ambos os países: no Brasil, entre a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e o Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM/Fiocruz Pernambuco). Em Moçambique, entre INS/Misau e a Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior e mais antiga universidade pública do país.
 
A coordenadora do projeto no Brasil, Célia Almeida, da Ensp, conta que o conteúdo programático foi elaborado com base em orientações compartilhadas entre os parceiros, levando-se em consideração as prioridades do MISAU e a realidade política, econômica, sociocultural e sanitária do país africano. “A coordenação é compartilhada e as aulas serão ministradas em Moçambique, por professores dos dois países, assim como as orientações das dissertações. Os alunos vão passar um tempo na Fiocruz, trabalhando nas suas investigações, e os trabalhos de campo serão realizados em Moçambique”, explica.
 
Com aulas expositivas, seminários, trabalhos de grupo, discussões em sala e tarefas individuais, o programa foi organizado em seis módulos temáticos. A proposta é provocar nos alunos uma reflexão crítica sobre o funcionamento e os resultados alcançados pelo sistema de saúde de Moçambique. “Esperamos que eles sejam capazes de sugerir possíveis soluções para problemas e para o alcance de melhores níveis de equidade e qualidade nos cuidados de saúde à população”, afirmou a coordenadora.

 


Fonte: Agência Fiocruz de Notícias
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