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CSP destaca as redes de cooperação científica

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Publicado em:18/03/2014
CSP destaca as redes de cooperação científicaA revista Cadernos de Saúde Pública (Vol. 30, nº 2) já está disponível on-line, no Portal ENSP. Essa edição traz, em seu editorial, uma análise das redes de cooperação científica. Como avaliar a durabilidade das cooperações estabelecidas? Como acompanhar, de forma dinâmica, as redes de pesquisas que são criadas, para além do emprego dos indicadores tradicionais? Essas foram os questionamentos expostos no editorial, que destaca ainda o artigo Redes de pesquisa em saúde na web: uma análise da presença brasileira. A publicação traz algumas propostas instigantes com base em redes de investigação, que avaliam a cooperação e a internacionalização da pesquisa, utilizando as páginas web das instituições. A revista também conta com artigos de diversos pesquisadores da ENSP. Confira!
 
O artigo apresentado no Editorial de CSP teve a finalidade de mapear na web a presença de instituições brasileiras em uma rede internacional de instituições de pesquisa no campo da saúde, por meio de um estudo, realizado em 2009, com 190 instituições, representando 42 países. A amostra foi selecionada com base nos centros colaboradores da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o resultados demonstraram a presença de cinco instituições brasileiras, com destaque para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que apresenta conexões com 20 países e 42 instituições. Pela interface entre o campo da saúde e a web, o artigo teve o objetivo de contribuir não apenas para análises futuras e um plano de reposicionamento estratégico dessas instituições no mundo virtual, mas também para a elaboração de políticas públicas e o reconhecimento da webmetria como uma área a ser explorada e aplicada a diversos outros campos do conhecimento. Redes de pesquisa em saúde na web: uma análise da presença brasileira é assinado pelos pesquisadores Fábio Castro Gouveia, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Pamela Barreto Lang, da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS/Fiocruz), e Jacqueline Leta, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ.

Dos pesquisadores da ENSP Aldo Pacheco Ferreira, Rosalina Jorge Koifman e Sérgio Koifman, Níveis séricos de cádmio em uma amostra de doadores de sangue na Amazônia Ocidental, Brasil, 2010-2011 analisou, por meio de estudo transversal, a distribuição dos níveis séricos (concentração  no sangue) de cádmio (Cd) em doadores de sangue em Rio Branco, no Acre. Segundo a publicação, a média da concentração de Cd apresentou-se três vezes maior entre os fumantes. Também houve tendência de aumento da concentração com a diminuição do nível de escolaridade. Por outro lado, a concentração de Cd entre os indivíduos com hábitos de tomar chás apresentou-se menor quando comparada àqueles que não utilizam. Os resultados do estudo indicam que, no geral, a população estudada não está exposta a níveis preocupantes de exposição ao Cd. Também assinam o artigo André Ricardo Maia da Costa de Faro, Wagner de Jesus Pinto e Denys Eiti Fujimoto, da Universidade Federal do Acre, e Fernando Barbosa Júnior e Vanessa Cristina de Oliveira Souza, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto.
 
Por fim, o artigo Geografia social da AIDS no Brasil: identificando padrões de desigualdades regionais, redigido pelas pesquisadoras da ENSP, Tatiana Rodrigues de Araujo Teixeira e Monica Siqueira Malta, com os pesquisadores Renata Gracie e Francisco I. Bastos, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), destacou a forma criteriosa pela qual a tendência ao declínio e estabilização da epidemia de AIDS no Brasil deve ser analisada. De acordo com o texto, a epidemia “deve ser analisada de forma criteriosa, uma vez que, num país de grande extensão territorial e diversidade, dados agregados podem mascarar desigualdades regionais ou locais. Verificou-se que a epidemia encontrava-se em expansão apenas no Norte e Nordeste, enquanto declinava no restante do país, acentuadamente no Sudeste. Os achados mostram que a aparente estabilização da mortalidade por AIDS tende a mascarar disparidades regionais. Os determinantes sociais da saúde e disparidades regionais devem ser levadas em conta na formulação de programas e políticas.”

Leia ainda a seção Perspectivas, cujo artigo aborda um tema relevante na discussão da política de drogas: as legal highs, e Revisão, que propõe um novo marco conceitual para a questão da acessibilidade cultural.
Confira esses e mais artigos na edição on-line da revista Cadernos de Saúde Pública (Vol. 30, nº 2) aqui.

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