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Imprensa divulga pesquisa da ENSP sobre álcool e câncer

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Publicado em:17/02/2014
Imprensa divulga pesquisa da ENSP sobre álcool e câncerO jornal O Estado do Maranhão publicou reportagem, em 4 de fevereiro, sobre a pesquisa da ENSP que trata da relação entre o consumo de álcool, alimentos gordurosos e o desenvolvimento do câncer de mama. Motivada pelo aumento do número de casos de câncer no Brasil e no mundo, Rita de Cássia Albuquerque decidiu estudar o tema durante o doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente da ENSP.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, só este ano, 580 mil novos casos da doença serão identificados no Brasil: 57 mil serão de câncer de mama. O tipo mais comum entre as mulheres ainda mata cerca de 13 mil ao ano. Os resultados da pesquisa da ENSP reforçam a importância da conservação de hábitos alimentares tradicionais, que estimulam o consumo de vegetais e frutas e desestimulam o consumo de alimentos gordurosos, ricos em açúcar e sal, conforme disse Rita de Cássia.

Confira, abaixo, a íntegra da matéria.

Álcool e gordura elevam risco de câncer
São Luís, MA - terça-feira, 04 de fevereiro de 2014

Pesquisa da Fiocruz sugere mudanças na dieta das brasileiras com mais de 35 anos para evitar aparecimento da doença.

São Paulo - O consumo de álcool e de alimentos gordurosos que tem aumentado entre as brasileiras eleva os riscos para o desenvolvimento do câncer de mama. Pesquisa realizada na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) avaliou a correlação entre hábitos alimentares e o câncer, além de traçar o perfil alimentar das brasileiras com mais de 35 anos, possíveis alvos da doença.

Motivada pelo aumento do número de casos de câncer no Brasil e no mundo, Rita de Cássia Albuquerque decidiu estudar o tema durante o doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Ensp. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, só este ano, 580 mil novos casos da doença serão identificados no Brasil: 57 mil serão de câncer de mama. O tipo mais comum entre as mulheres ainda mata cerca de 13 mil ao ano.

A pesquisadora acredita que a promoção da saúde é a maneira mais econômica de prevenir doenças crônicas, como o câncer. As intervenções dietéticas têm impacto positivo nos desfechos de saúde em todo o ciclo da vida , diz. Rita ressalta ainda que o governo precisa alertar a população para os riscos da má alimentação. A população brasileira está mudando seu consumo alimentar. Deixando de consumir alimentos típicos, como arroz, feijão e tubérculos, e consumindo muito sal, gordura e álcool. Esses alimentos podem desencadear muitas doenças crônicas, como o câncer. É preciso alertar a população , afirma.

O estudo - Rita diz que a pesquisa foi desenhada para mostrar uma fotografia . Primeiro, a pesquisadora revisou as evidências científicas encontradas em trabalhos desenvolvidos em diferentes populações de todos os continentes do mundo sobre a relação entre padrões de consumo alimentar e câncer de mama.

Os padrões alimentares encontrados nas 26 pesquisas avaliadas por ela mostram que o consumo de vegetais, frutas, peixes, crustáceos, soja e derivados, azeite, frango e os hábitos típicos das regiões pesquisadas reduzem os riscos de desenvolver a doença. Por outro lado, o consumo de bebidas alcoólicas e comidas gordurosas aumentam os riscos.

Na sequência, a pesquisadora investigou os padrões de consumo alimentar das mulheres brasileiras com mais de 35 anos possíveis alvos da doença a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fez um levantamento sobre consumo alimentar individual com as famílias pesquisadas. As dietas relatadas por 8.325 mulheres foram analisadas.

Os padrões alimentares das brasileiras podem ser divididos em: tradicional brasileiro (composto por arroz, feijão, legumes e carnes vermelhas); lanches (pães, bolos e biscoitos, queijos gordos, carnes processadas, café e chá); gorduras e álcool (bebidas alcoólicas, refrigerantes, sanduíches, pizza, salgados e salgados fritos) e lacto-vegetariano (cereais matinais, laticínios e preparações à base de leite, leite desnatado e queijos magros, frutas, legumes e verduras).

Dividida a amostra, ela percebeu que 20% das mulheres da amostra têm como menor consumo médio o padrão tradicional brasileiro, que é o mais comum a apenas 10% delas. Outras 838 mulheres declararam um alto consumo de álcool e gorduras. Os resultados reforçam a importância da conservação de hábitos alimentares tradicionais, que estimulam o consumo de vegetais e frutas e desestimulam o consumo de alimentos gordurosos, ricos em açúcar e sal , diz.

 


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