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Pesquisa inédita analisa o comportamento sexual da mulher brasileira frente à epidemia de aids

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Publicado em:08/01/2014
Para seis de cada 10 mulheres brasileiras, o contato com o HIV pode ocorrer, exclusivamente, por meio de um parceiro estável. Os dados são da pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo e pelo Sesc, publicados no livro "Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado", lançado em agosto de 2013. Para o estudo, foram entrevistadas 2.365 mulheres e 1.181 homens maiores de 15 anos, de áreas urbanas e rurais de 25 unidades da federação. A coordenadora do Núcleo de Apoio a Gestão de Projetos da Fiocruz Brasília (NUGP), Dulce Ferraz, em parceria com o pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Alexandre Grangeiro, foram convidados para fazer a análise de dados da pesquisa na identificação dos aspectos que podem expor as mulheres à infecção pelo HIV, e sua contribuição para a dinâmica da epidemia no país. O resultado da análise está disponível no livro, e se insere no tema Mulheres brasileiras: sexualidade e prevenção.
 
De acordo com a pesquisa, 91% das mulheres brasileiras a partir de 15 anos já iniciaram a vida sexual que, em geral, se caracteriza por parcerias afetivas estáveis. Os resultados apontam mudanças na maneira como este grupo tem vivido a vida afetiva e sexual ao longo dos anos. Segundo a análise, as novas gerações iniciaram a vida sexual cerca de dois anos mais cedo que suas mães e avós, o que indica parte da mudança do papel da mulher na sociedade e da sua própria autonomia frente à sua vida sexual.
 
A maioria dos casos de mulheres infectadas com o HIV no Brasil (80%) acontece por meio de relações sexuais heterossexuais. A maior vulnerabilidade ocorre na faixa etária dos 13 aos 19 anos. Para Dulce, a negociação sobre como se proteger é complicada. ”Camisinha, em maioria, é usada pelo homem, afinal, o preservativo feminino é pouco disponível no país, explica. Ela acrescenta que a distribuição do preservativo feminino é feita para segmentos específicos de mulheres. Isto torna a proteção da mulher dependente da negociação com o homem. A capacidade ou a habilidade que cada mulher tem de fazer isso depende muito do contexto de vida dela. Isso é crucial para o avanço na prevenção", completa. Os resultados também apontam que, na última relação sexual deste grupo, o uso do preservativo foi de 28%. 
 

Fonte: Fiocruz Brasília
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