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ENSP forma mais de 50 profissionais para atuar no SUS

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Publicado em:19/12/2013

O campo da saúde pública e a formação do sanitarista foi o tema da palestra realizada no âmbito da formatura do curso mais tradicional da ENSP e que faz parte da sua grade curricular há 58 anos: a especialização em Saúde Pública. Na ocasião, 52 profissionais receberam o título de especialista em Saúde Pública e estão capacitados para atuar no Sistema Único de Saúde (SUS). Para o professor do curso e pesquisador do Departamento de Ciências Sociais da Escola, José Inácio Jardim Motta, é importante que os alunos compreendam que a saúde é também uma prática social. A palestra contou, ainda, com a participação da coordenadora da Secretaria Executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública, Tania Celeste Matos Nunes.

Além de José Inácio Motta e Tania Celeste Nunes, que apresentaram a mesa redonda ‘O campo da Saúde Pública e a formação do sanitarista’ estiveram presentes na ocasião o diretor da ENSP, Hermano Castro, os quatro vice-diretores da Escola, Frederico Perez (Vice-diretor de Escola de Governo), Tatiana Wargas (Vice-diretora de Pós-Graduação), Alex Molinaro (Vice-diretor de Desenvolvimento Institucional de Gestão) e Sheila Mendonça (Vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico), e os coordenadores do curso de especialização em Saúde Pública, Gíssia Gomes Galvão e Guido Palmeira.


ENSP forma mais de 50 profissionais para atuar no SUS


O professor José Inácio Motta comentou na discussão com os formandos que a Saúde Pública é um campo constituídos por muitos outros campos, entre eles: planejamento e gestão em saúde ambiental, promoção em saúde, epidemiologia, ciências sociais, ações tecnológicas, práticas sociais, entre muitos outros. Ele ressaltou ainda que é preciso que esses diversos campos se articulem para que se tenha uma saúde coletiva de qualidade. O pesquisador abordou também o campo da saúde coletiva e da educação. De acordo ele a educação possui duas dimensões: técnica e política.

“A dimensão técnica engloba um conjunto de saberes e núcleos de sentidos que nos informam sobre um pensar e um fazer. Trata-se da produção de discurso e de construção de verdades. Nesta dimensão o conhecimento local se relaciona com o geral. Já a dimensão política consiste em um sujeito cidadão analítico e crítico reflexivo. Nesta dimensão as intervenções são no âmbito político, social e cultural em direção a relações socioculturais mais equânimes”, explicou.

Na opinião do professor, a formação em Saúde deve considerar alguns aspectos, entre eles, novos arranjos organizacionais, novas práticas de saúde, novos conhecimentos, novas matrizes epistemológicas e contextos complexos, como a desigualdade social e a desigualdade cultural. Encerrando sua fala o professor apontou desafios gerais para a formação em Saúde Pública. Em seguida a coordenadora da secretária executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública, Tania Celeste Matos Nunes, abordou a formação em Saúde Pública no início dos anos 50 e o contexto de fortalecimento da Atenção Primária para falar sobre a formação do sanitarista.

Tânia Celeste citou o contexto das Reformas Setoriais com florescimento do SUS. Segundo ela, com a aprovação do SUS pelo Congresso, houve avanço na municipalização, criação de Agências Reguladoras, mudanças significativas no mundo do trabalho e no perfil do Estado, avanços na estruturação da pós-graduação stricto sensu, e estímulo a educação a distância e ensino por competências. A coordenadora explicou também os chamados ciclos de formação entre os anos 70 e 2000, que começou com uma massa crítica com inicialização sólida (década de 70), passou por deslocamentos para as especializações temáticas (anos 90) e culminou na revalorização do setor público (anos 2000).

Por fim Tania Celeste apresentou alguns elementos fundamentais na formação contemporânea. Sendo eles, ética, cidadania, controle social, humanização, trabalho em rede, interdisciplinaridade, compromisso social e integralidade. A professor encerrou falando sobre os sujeitos sanitaristas neste século e trouxe uma citação de Edmundo Gandra. “Essa coisa chamada Saúde Coletiva é algo que vale a pena dar carinho e impulsionar o seu crescimento para, em última instância, criar aquilo que é uma grande realidade: a solidariedade para gerar o mundo que sonhamos”, concluiu.

52 novos profissionais para o SUS

Após a mesa redonda, na parte da tarde, foi realizada a cerimônia de formatura dos 52 alunos do curso de Especialização em Saúde Pública 2011-2013. Os alunos homenagearam alguns professores, Gíssia Gomes Galvão foi paraninfa da turma e Paulo Chagastelles Sabroza foi patrono. A turma de 2011 homenageou os professores, Alex Molinaro (bloco I), Guido Antonio Palmeira (bloco II), Tatiana Wargas (bloco III), Maria Blandina Marques dos Santos (bloco IV) e Fernando Manuel Bessa Fernandes (metodologia). A turma de 2012 homenageou José Inácio Jardim Motta (bloco I), Guido Antonio Palmeira (bloco II), Marina Ferreira Noronha (bloco III), Maria Blandina Marques dos Santos (bloco IV) e Fernando Manuel Bessa Fernandes (metodologia). 

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