Busca do site
menu

Pesquisadora comenta formação dos médicos brasileiros

ícone facebook
Publicado em:12/11/2013

Pesquisadora comenta formação dos médicos brasileiros“A insuficiência de uma visão mais aprofundada dos problemas sociais do país é a principal deficiência existente hoje nos currículos de medicina”, apontou a pesquisadora da ENSP e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Recursos Humanos e Saúde da Escola, Maria Helena Machado, ao comentar a complexa formação dos futuros doutores brasileiros. Segundo ela, a medicina requer formação rígida, forte e complexa; no entanto, não deve passar somente pela técnica. A pesquisadora defende ainda que a formação médica deve se ajustar adequadamente à atenção básica, que é de extrema importância e precisa ser mais valorizada em nosso país.

A matéria A complexa formação do futuro doutor, integra uma grande reportagem publicada na edição de novembro de 2013, nº 134, da Revista Radis, sobre o programa do Governo Federal Mais Médicos e aponta que os profissionais contratados neste programa já estão nas comunidades, mas que a solução permanente para a atenção à saúde ainda merece destaque. Maria Helena, que comentou a formação do profissional de medicina, ressaltou que a solução para fixar profissionais na atenção básica não passa pela criação de novas escolas e tampouco por estimular as residências em Saúde da Família e Comunidade. De acordo com ela, todo médico bem formado já deveria sair da graduação preparado para ser médico da família e da comunidade.

Pesquisadora comenta formação dos médicos brasileirosA reportagem lembra que o curso de Medicina foi o primeiro em nível superior a ser criado no país, ainda no período colonial, que a carreira é uma das mais procuradas pelos estudantes e que forma mais de 16 mil alunos por ano. As diretrizes curriculares de Medicina, descritas na Resolução nº 4 do Conselho Nacional de Educação e Câmara de Educação Superior (CNE/CES), de 7 de novembro de 2001, apontam que a formação deve “incluir dimensões éticas e humanísticas, desenvolvendo no aluno atitudes e valores orientados para a cidadania”. Maria Helena alerta que há uma resistência por parte das escolas em adequar os currículos e aderir a uma formação voltada para o SUS. Segundo a pesquisadora, “elas tendem a formar o médico na crença de que ele vai se tornar um profissional liberal, mas o SUS é a principal alternativa de trabalho dos profissionais.

Na reportagem, o também pesquisador da ENSP e coordenador da Articulação do Fórum da ENSP com os Movimentos Sociais, Eduardo Stotz, lembrou a que as primeiras turmas baseadas nas diretrizes curriculares de 2001, só começaram a se formar recentemente. Portanto, segundo ele, “os alunos que estudaram segundo o projeto político pedagógico sintonizado com o SUS começaram a se formar a partir de 2007”.

Leia aqui a reportagem na íntegra ou no anexo disponível no menu superior direito da página. 

* com informações da reportagem A complexa formação do futuro doutor, da Revista Radis.


Seções Relacionadas:
Divulgação Científica Radis

Nenhum comentário para: Pesquisadora comenta formação dos médicos brasileiros