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ELSA-Brasil na Fiocruz tem nova coordenação

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Publicado em:21/10/2013
Antonio Fuchs

ELSA-Brasil na Fiocruz tem nova coordenaçãoO maior estudo de coorte multicêntrico brasileiro na área da saúde tem nova coordenação no Rio de Janeiro. As pesquisadoras Rosane Härter Griep, do IOC/Fiocruz, e Maria de Jesus Mendes da Fonseca, da ENSP/Fiocruz, são as atuais responsáveis pelo Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) no Rio de Janeiro, na Fundação Oswaldo Cruz. A pesquisa é realizada em seis instituições públicas federais, com 15.105 voluntários entre 35 e 74 anos, com duração de pelo menos 10 anos. Na Fiocruz, 1.784 mil servidores públicos participaram da linha de base do estudo. O ELSA será tema do Ceensp desta quarta-feira (23/10). Na ocasião, haverá apresentação dos dados preliminares do estudo. A atividade, aberta ao público, ocorrerá no salão internacional, a partir das 14 horas, e contará com transmissão on-line. Para tanto, basta acessar  http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/videos/.

Após 7 anos à frente do Estudo no Rio de Janeiro, a pesquisadora da ENSP, Dóra Chor, explica que é preciso dar oportunidade a pesquisadores mais jovens na coordenação de uma pesquisa dessa envergadura . Entretanto, ela e Marilia Sá Carvalho, também da Fiocruz e antiga vice-coordenadora, seguem  na equipe que coordena o estudo. “A coordenação continua sendo um colegiado, porque é difícil, em um estudo complexo como esse, que as decisões sejam todas tomadas por uma pessoa somente”, explicou Rosane Griep. É importante ressaltar para os participantes do estudo que esta mudança de coordenação não altera em nada o fluxo, expectativas e produtos do ELSA-Brasil.
 
ELSA-Brasil na Fiocruz tem nova coordenação


Dora Chor lembra que as diretrizes do ELSA-Brasil não são definidas em uma sala na Fiocruz. “Nós somos um dos seis centros deste estudo. Sua essência não muda porque isso é discutido pelo Comitê Diretivo, onde agora participam Rosane e Maria de Jesus", destacou.

Em meio à 2ª fase de coleta de dados

Atualmente, o ELSA-Brasil no Rio de Janeiro está na sua ‘Onda 2’ (segunda fase de coleta de dados com os participantes). Cerca de 70% de pessoas já voltaram a ser entrevistadas nesta etapa. “É fundamental garantir o retorno dos participantes ao Centro de Pesquisa num estudo de coorte. Essa é a essência do estudo e somente o acompanhamento ao longo do tempo trará informações inexistentes sobre as doenças crônicas no Brasil. Não basta comparecer apenas em uma etapa . O participante precisa ter uma avaliação continuada, senão teremos perdas de dados que são primordiais nesse tipo de análise”, destacou Rosane.

O ELSA-Brasil terá várias  fases de coletas de dados, a depender de financiamento ’. A primeira ocorreu entre 2008-2010. A segunda, iniciada em 2012, está em andamento e a terceira ainda não tem data marcada. No intervalo dessas ondas, a equipe do estudo entra em contato com os participantes a cada ano, para acompanhar eventos de saúde.

A coordenação lembra que o objetivo do ELSA-Brasil é colaborar para que a ciência brasileira obtenha dados e parâmetros reais visando, entre outras coisas,  a elaboração de um escore de risco de doenças do coração  no país. Atualmente, os médicos de todo o mundo  usam parâmetros norte-americanos. Portanto, os participantes devem compreender que eles não fazem parte de um simples estudo  mas contribuirão para que novas políticas de saúde sejam planejadas e para a melhoria da saúde da população.

Além disso, por se tratar de um estudo com financiamento público federal, é interessante uma conscientização dos participantes quanto à continuidade no estudo, de forma que tais investimentos não sejam perdidos. “Na realidade, ainda não temos uma cultura de participação em pesquisa de longo prazo aqui no Brasil. É essencial voltar ao Centro de Pesquisa para continuar o processo”, lembrou a coordenadora.

Segundo Dora, “o alto retorno dos participantes na "segunda onda" aos  seis centros comprovam que o ELSA-Brasil entrou no ‘sangue’ dos participantes. O estudo é considerado padrão ouro pelos participantes  e temos muito orgulho disso. Embora não seja nosso objetivo realizar  diagnóstico clínico nem tratamento, o ELSA-Brasil virou um exemplo de estratégia de pesquisa”, afirmou. 

Dados preliminares serão apresentados em 23/10

A ENSP está organizando mais uma edição do Centro de Estudos, tendo como tema ELSA-Brasil: primeiros resultados. A atividade terá como palestrantes as pesquisadoras Rosane Härter Griep (IOC/Fiocruz), Letícia de Oliveira Cardoso (ENSP/Fiocruz) e Enirtes Caetano Prates Melo (ENSP/Fiocruz), e coordenação de Dóra Chor (ENSP/Fiocruz). O Ceensp está marcado para o dia 23 de outubro, às 14 horas, no salão internacional da Escola e contará com transmissão pelo Portal ENSP, através do endereço http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/videos/.


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