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‘Somos todos Paulo Bruno’

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Publicado em:17/10/2013
‘Somos todos Paulo Bruno’“Essa não é mais uma luta de um pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, é uma luta de todos nós. Não podemos deixar que a polícia transforme em crime o direito do cidadão de se manifestar”, afirmou o diretor da ENSP, Hermano Castro, durante ato promovido na Escola, nesta quinta-feira (17/10), em repúdio a prisão do pesquisador Paulo Roberto de Abreu Bruno, detido na noite de terça-feira (15/10). Durante sua fala o diretor anunciou que enquanto o pesquisador não for solto as atividades da Escola ficarão paralisadas.

O ato promovido pela Escola contou com a participação de grande parte de seus colaboradores, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, os vice-presidentes da Fiocruz, o diretor da ENSP, Hermano Castro, o coordenador do Fórum de Articulação com os Movimentos Sociais da ENSP, Eduardo Stotz, alunos do Fórum de Estudantes da Escola e a vice-presidente da Asfoc-SN, Justa Helena Franco. O senador e ex-ministro da Saúde, Humberto Costa, também esteve na Fiocruz e participou do ato.

Na ocasião, o presidente da Fundação declarou não ter dúvida da legitimidade da Fiocruz, de seus profissionais e de sua atuação com os movimentos sociais. “Violência é uma questão de cidadania e de Saúde Pública, e a Fiocruz vai acompanhar passo a passo essa situação para apoiar a sociedade e fortalecer sua capacidade de mobilização”. Humberto Costa defendeu que não há nada mais importante que lutar pela liberdade de expressão e pelo exercício profissional. Afirmou ainda estar solidário à essa luta e disposto a integrar essa causa às vozes no Congresso Nacional.
 
‘Somos todos Paulo Bruno’


O pesquisador da ENSP Eduardo Stotz, explicou que o Fórum de Articulação com os Movimentos Sociais foi criado dias antes do início das manifestações ocorridas desde junho de 2013 em todo país. Segundo ele, Paulo Bruno, desde então, vem participando das manifestações fazendo registros fotográficos e recolhendo materiais como subsídios à pesquisa de movimentos populares urbanos, desenvolvidas na ENSP. “Paulo Bruno estava trabalhando em prol do bem comum. A pesquisa visa uma sociedade mais justa para todos. Ele estava exercendo seu direito de lutar, e lutar não é crime”, argumentou o coordenador do Fórum. 

De acordo com o servidor da ENSP e advogado, Marcos Vinicius Giraldis Silva, que acompanha desde quarta-feira (16/10) o caso, Paulo Bruno está preso na Penitenciária Patricia Acioli, localizada em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Foi pedido o habeas corpus do pesquisador e a Fiocruz continua mobilizando todos os seus esforços para libertar Paulo Bruno.

Entenda o caso do pesquisador e veja a nota de repúdio à violência contra os professores que a ENSP divulgou no início de outubro. 

Asfoc realiza ato solidário à pesquisador da ENSP

A Asfoc-SN realizará na sexta-feira (18/10), ato em repúdio à prisão do pesquisador e contra a criminalização dos movimentos sociais. A concentração será a partir das 10 horas, em frente ao prédio da ENSP, localizado na Rua Leopoldo Bulhões, n° 1480 - Manguinhos.

 


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