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Nova edição da revista 'Radis' está disponível

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Publicado em:08/10/2013

Nova edição da revista 'Radis' está disponívelJá está no ar a versão on-line da revista  Radis, edição n° 133, de outubro de 2013. A reportagem de capa Somos todos Arouca fez um balanço da cobertura das comemorações dos 59 anos da Escola Nacional de Saúde Pública e dos 25 anos da Constituição que criou o Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da memória do sanitarista Sergio Arouca, ex-presidente da Fiocruz. De 3 a 6 de setembro, pensadores e sanitaristas como Nelson Rodrigues dos Santos, Gilson Carvalho, Lígia Bahia, Rudá Ricci, Sonia Fleury, entre outros, resgataram o tema da Reforma Sanitária, o rumo privatista do SUS e a falta dos movimentos sociais na formulação e execução das políticas públicas.

Na matéria intitulada Estado controlador reduz espaços de participação, o sociólogo Rudá Ricci analisa o Estado brasileiro, de rígida estrutura hierárquica, que não tem como acompanhar a dinâmica social que se dá por território. Conforme a reportagem, apesar de considerar a Reforma Sanitária um marco na conquista de direitos, Rudá observou que ela se baseou na estrutura desse Estado burocrático e personalista. Mesmo ressaltando a importância do papel dos sanitaristas, ele apontou equívocos na estruturação do SUS, já que, naquele momento, a questão não era só da saúde. “Não era hora de falar só do SUS. Era o momento de falarmos de um sistema único de educação, de assistência social. Nós somos atrasados. Queremos radicalizar a experiência da saúde, mas não entendemos que é preciso radicalizar a democratização da gestão da política pública no Brasil. A experiência adquirida no movimento sanitário tem de ser, de fato, universal, não de uma área apenas. Mas a gente não consegue ir muito além do nosso quadradinho”, criticou. 

 

“A correção de rumos vai surgir das ruas”, disse Sonia Fleury, ex-presidente do Cebes, na matéria A Reforma que vem das ruas. No dia anterior ao evento na ENSP, realizado em 3/9, contou, ela havia participado de um encontro do grupo Mídia Ninja — coletivo jornalístico que se projetou pelas transmissões ao vivo que fez dos protestos no país — sobre o SUS, dado o interesse em desdobrar as pautas saídas das manifestações.

Do serviço civil obrigatório ao Mais Médicos
é o título da reportagem sobre as duas rodas de conversas da Semana Sergio Arouca — a segunda teve como tema violência e racismo —, propostas pelo Fórum de Articulação com os Movimentos Sociais da ENSP/Fiocruz e coordenadas pelo Fórum de Estudantes da Escola. Professores, alunos de mestrado e doutorado, representantes de movimentos sociais, profissionais de saúde e representantes de instituições diversas, ao mesmo tempo que condenaram a rejeição aos médicos que chegaram, defenderam que levar mais médicos para o interior é uma medida isolada que não consolida o projeto do SUS multiprofissional e desvia a discussão pública da questão do subfinanciamento do sistema e da precarização do trabalho.

Na entrevista Residência não é fábrica de recursos humanos, a coordenadora da Residência em Saúde Mental do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Paula Cerqueira, fala da qualificação de profissionais para atuar no SUS e intervir na realidade. De acordo com a revista, Paula discute o papel das residências, que, segundo ela, não devem ser vistas como “fabricação de recursos humanos” e precisam construir e ofertar “uma caixinha de ferramentas”, para que cada um possa fazer suas intervenções. 

Na seção Pós-tudo, a Radis divulga um repúdio da Fiocruz, do Instituto Nacional do Câncer e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva às declarações do diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Eduardo Daher, e de  Angelo Trapé, da Unicamp, veiculadas na revista Galileu nº 266, edição de setembro de 2013, e também na entrevista divulgada no site da publicação, que atentam contra a qualidade científica das pesquisas desenvolvidas nessas instituições e, em especial, contra o Dossiê Abrasco – Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na Saúde.

Conforme relata a revista, as três instituições “não se eximem de seus papéis perante a sociedade e cumprem a missão de zelar pela prevenção da saúde e proteção da população. Por essa razão, têm se posicionado claramente no que diz respeito aos perigos que os agrotóxicos e outras substâncias oferecem à saúde e ao meio ambiente. Desde 2008, o Brasil lidera o ranking de uso de agrotóxicos, o que gera um contexto de alto risco e exige ações prementes de controle e de transição para modelos de produção agrícola mais justos, saudáveis e sustentáveis.”

Confira a íntegra da Radis de outubro de 2013.


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Divulgação Científica Radis

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