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Desenvolvendo processos verdes

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Publicado em:13/08/2013
Vilma Homero
 
Desenvolvendo processos verdesUm aldeído, um dicarbonilado e uma fonte de nitrogênio. Essas três substâncias foram o ponto de partida para que pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolvessem uma metodologia verde para a produção de imidazol. Para quem não sabe, imidazóis são compostos nitrogenados com várias aplicações na indústria farmacêutica. Eles estão na composição de antifúngicos, como cetoconazol, anti-hipertensivos, como losartan e olmesartan, antiulcerosos, como omeprazol, e ainda anti-inflamatórios, antialérgicos, analgésicos e mesmo antituberculares.
 
Mas o que é exatamente uma metodologia verde? Quem responde é a química Flavia Martins da Silva, da UFRJ, coordenadora da pesquisa, que contou com recursos do edital de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica em Química Verde. "Na síntese orgânica, particularmente em escala industrial, são empregados muitos solventes orgânicos, que são voláteis, tóxicos, caros, de manuseio complicado e que, obviamente, geram diversos problemas na hora do transporte e do descarte. Trocá-los por solventes verdes, que minimizem esses riscos é uma estratégia para tornar o processo mais sustentável", explica. Para se chegar ao imidazol – anel de cinco átomos, dois deles de nitrogênio –, a equipe procurou testar diversas substituições em busca de atingir a melhor estrutura para chegar ao composto final, com atividade biológica. 
 
A princípio, Flavia e equipe – que inclui o pessoal do SOA, sigla para Síntese Orgânica Ambiental, coordenado por Flavia e pelo professor Joel Jones Junior, e a doutoranda July Andrea Hernández Muñoz, da UFRJ – em parceria com pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como as professoras Erika Martins de Carvalho, de Farmanguinhos, e Joseli da Rocha Nogueira, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), estão pensando em avaliar a atividade bactericida desses imidazóis. "Mas sabemos que os imidazóis podem ter várias outras aplicações, como antimaláricos. Por isso, não estamos fechados."
 
Leia a reportagem completa na página eletrônica da Faperj.

(Imagem imidazóis fluorescentes: Faperj)

Fonte: Faperj
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