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ENSP institucionaliza fóruns de articulação

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Publicado em:09/08/2013

ENSP institucionaliza fóruns de articulaçãoA luta pelo direito à saúde e a implementação do SUS, de acordo com seus princípios fundamentais e na perspectiva do direito público, são compromissos estratégicos assumidos pela atual Direção da ENSP, a cargo de Hermano Castro. Para alcançar tais objetivos, novas políticas institucionais estão sendo criadas, como a formalização de três fóruns de articulação: Movimentos Sociais; Saúde e Ambiente; e Informação, Comunicação e Tecnologias da Informação. Com essas perspectivas, na próxima segunda-feira (12/8), haverá a primeira reunião do Fórum de Comunicação, a partir das 14 horas, na sala do CD ENSP.

Informação, Comunicação e Tecnologias da Informação

O Fórum de Informação, Comunicação e Tecnologias da Informação, coordenado pela pesquisadora Ilara Hammerli, será composto de um grupo de trabalho ampliado, para o qual foram convidados profissionais da Vice-Presidência de Comunicação e Informação da Fiocruz, além dos colaboradores da Escola. As reuniões ocorrerão regularmente ao longo dos próximos meses, quando serão produzidos documentos para a Direção com propostas sobre essas áreas de atuação.

Segundo Hermano Castro, é impossível dissociar as pesquisas feitas na ENSP das estratégias de informação e comunicação desenvolvidas na Escola. “Acredito ser necessário institucionalizar a presença desses setores (comunicação e informação) no processo de gestão participativa da Escola e, de forma compatível com suas características, na estrutura organizacional a ser discutida e instituída no Regimento Interno. Por isso, assumi o compromisso de apoiar a construção de uma política institucional de comunicação e informação na ENSP, contribuindo para transversalizar, de fato, esses setores nos diferentes processos de trabalho na Escola. Para tanto, estamos criando o Fórum de Comunicação e Informação, com o objetivo de apoiar a Direção nesse processo de construção da política para a área”, afirmou.

Movimentos Sociais

O Fórum de Movimentos Sociais pretende consolidar a Escola como uma "comunidade ampliada de pares", criando e fortalecendo espaços de diálogo com movimentos sociais e organizando formas de conhecer a realidade a partir dos problemas e das tentativas de enfrentá-los com esses movimentos. O objetivo não é apenas a busca de uma cooperação social capaz de captar recursos para projetos de inclusão social, mas, sim, a participação desses movimentos, na ENSP, para a reflexão sobre os desafios da saúde pública e sua própria formação para o enfrentamento desses desafios. É preciso garantir que a produção da Escola se traduza em melhorias das condições de saúde, trabalho e vida para a população brasileira. Nesse aspecto, a articulação com os movimentos sociais (incluídos o sindical e o ambiental, entre outros) é fundamental.

O fórum teve início no mês de junho, com a participação de professores, pesquisadores, analistas de gestão e técnicos, que apresentaram projetos e atividades desenvolvidas com os movimentos sociais e sindicatos nas dimensões do ensino, pesquisa, cooperação técnica e serviços de referência. Entre as principais questões levantadas e discutidas pelos participantes da reunião, é importante destacar o protagonismo dos movimentos sociais no conhecimento e na transformação da realidade.

Segundo o pesquisador do Departamento de Endemias Samuel Pessoa e coordenador dessa articulação, Eduardo Stotz, os movimentos sociais expressam as contradições da sociedade e lutam por direitos nas dimensões do trabalho, gênero, moradia, saúde mental, situação da pobreza, exposição aos agravos e muitos outros.

Saúde e Ambiente

No dia 8/7, foi realizada a primeira reunião do Fórum de Saúde e Ambiente da ENSP. A constituição desse fórum, coordenado pela pesquisadora Márcia Chame, do Departamento de Endemias Samuel Pessoa, vem para suprir a necessidade de consolidação de espaços específicos de discussão e produção do conhecimento a respeito das questões ambientais, em sua interface com a saúde e o processo de desenvolvimento, que possam subsidiar a formulação e a implementação de políticas de saúde ambiental no país, contribuindo para além da produção acadêmica sobre o tema.

O fórum nasce com o objetivo de agregar pessoas dedicadas ao tema, identificar a capacidade institucional de atuação, definir, elaborar e colocar em prática estratégias de atuação que perpassem transversalmente a pesquisa, o ensino, a gestão institucional, assim como propor políticas relacionadas ao tema.

Entre os pontos que estão sendo desenvolvidos no Fórum de Saúde e Ambiente estão:

- o modelo de desenvolvimento e seus impactos sobre os modos de vida, sobre a saúde humana e os ecossistemas, com destaque aos grandes empreendimentos;

- o impacto das mudanças ambientais e climáticas no perfil epidemiológico;

- o impacto da perda da biodiversidade sobre a emergência e reemergência de doenças advindas da biodiversidade nas áreas de fronteira urbana, rural e natural;

- o impacto do modelo agrícola, baseado na monocultura, no uso intensivo e extensivo de agroquímicos, sobre a qualidade de vida e seus efeitos à saúde humana;

- a desestruturação ambiental como fator de exclusão social e suas relações com a saúde;

- o acesso, o uso e a repartição equitativa dos benefícios da biodiversidade e do conhecimento tradicional a ela associado, como força motriz para geração de riqueza nacional e novos insumos à saúde e para um novo modelo de desenvolvimento.


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