O papel dos movimentos sociais nos protestos pelo país
Na próxima quarta-feira (17/7), o coordenador da articulação do Fórum de Movimentos Sociais da ENSP, Eduardo Stotz, será o mediador do encontro Movimentos sociais, democracia e participação popular: um debate sobre os protestos de junho de 2013, que será realizado a partir das 13h30, no auditório da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). A atividade, aberta ao público, terá como debatedores Flávio Serafini (EPSJV e IDDH); Leonardo Vital Mattos (Fórum de Estudantes da ENSP); Rafael Calazans (Raízes em Movimento); Virgínia Fontes (EPSJV e UFF); e Vitor Mariano (Comitê Popular da Copa).
Protestos em todo o país
Os protestos no Brasil em 2013 caracterizam-se por várias manifestações populares em todo o país. Inicialmente, surgiram para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público, em especial em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro e ganharam forte apoio popular depois da repressão violenta e desproporcional promovida pelos policiais militares estaduais contra as passeatas, levando grande parte da população a apoiar as mobilizações.
Atos semelhantes rapidamente começaram a se proliferar em diversas cidades do Brasil em apoio aos protestos, passando a abranger uma variedade de temas, como os gastos públicos em grandes eventos esportivos internacionais, a má qualidade dos serviços públicos e a indignação com a corrupção política em geral.
Esses são os pontos de partida para o debate, que pretende trazer à tona a força da participação popular e dos movimentos sociais na contínua construção de uma democracia sólida como a brasileira.
Fórum de Movimentos Sociais da ENSP
Os debates iniciais para construção do Fórum na ENSP começaram em junho e se inserem na nova política de Direção da Escola, visando alcançar uma comunidade mais ampliada de pares, para criar e fortalecer espaços de diálogo. Além de outras frentes, a Escola pretende contar com a participação desses movimentos na reflexão sobre os desafios da saúde pública e em sua própria formação, tendo em vista o enfrentamento desses desafios. Os integrantes do Fórum defendem que os movimentos sociais expressam as contradições da sociedade e lutam por direitos nas dimensões do trabalho, gênero, moradia, saúde mental, situação de pobreza, exposição aos agravos e muitos outros.
Segundo seus participantes, há grande expectativa de que o Fórum da Escola contribua para superar a fragmentação e o isolamento institucional, na análise da conjuntura da saúde e na formulação de propostas de políticas, além de fortalecer a organização de base dos movimentos e a atuação no nível local, atentando para a diferença de ritmos e lógicas entre a ‘academia e a rua'.
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