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ENSP forma tecnicos do Haiti em manutenção hospitalar

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Publicado em:10/07/2013
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, em parceria com o Ministério de Saúde Pública e da População do Haiti (MSPP) e a Brigada Médica Cubana (BMC), vai realizar um curso de manutenção hospitalar no Haiti. O curso foi desenvolvido na modalidade a distância, mas conta com três encontros presenciais entre alunos e professores. A previsão é que o curso Gestão de Recursos Físicos e Tecnológicos em Saúde (Refit) tenha início ainda em julho de 2013. Seu objetivo é que, a partir do curso, os profissionais envolvidos possam gerenciar diferentes equipamentos no que diz respeito à sua criação e manutenção e ainda fomentar um sistema de informações em saúde.

A capacitação, que contará com 15 participantes selecionados pelo Ministério da Saúde do Haiti, é dividida por módulos e tem duração total de um ano. Segundo a pesquisadora da ENSP e coordenadora do curso, Luisa Pessôa, com essa formação, os alunos terão possibilidade de gerir o Parque Tecnológico que o Brasil está construindo no Haiti. Esse projeto envolve três hospitais comunitários de referência, dois laboratórios de saúde pública, 30 unidades para a Rede de Frio (armazenamento de vacinas e insumos), assim como as unidades de saúde já existentes no país. Para Luisa, a questão da manutenção de equipamentos é muito importante e, para essa finalidade, o país conta com a parceria dos engenheiros e técnicos cubanos.
 
ENSP forma tecnicos do Haiti em manutenção hospitalar
 
Luisa Pessôa considerou que um bom gestor de unidades de saúde deve saber planejar e gerenciar os recursos físicos e tecnológicos em saúde e também levar em conta os aspectos sociais, econômicos e políticos a fim de atender às necessidades de seu país. Segundo ela, é preciso ter capacidade para interagir com as equipes de saúde locais, regionais e nacionais, assessorar na organização de investimentos, apoiar a definição de necessidades e prioridades, planejar e programar os recursos físicos em saúde e gerenciar as suas execuções e a sua manutenção.

Já o coordenador do projeto tripartite Brasil-Cuba-Haiti na Fiocruz, Carlos Linger, analisou que essa atividade se orienta sob os princípios da cooperação Sul-Sul, entre países em desenvolvimento. “A presente iniciativa faz parte da estratégia de cooperação internacional estruturante, modelo defendido e adotado pela Fiocruz, e visa fortalecer o processo de implantação de políticas de gestão tecnológica em saúde”, destacou.

O Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz (Cris) convocou profissionais da Cooperação Brasil-Cuba-Haiti para que a proposta do curso seja revisada, adaptada e aperfeiçoada por representantes dos três países cooperantes de maneira horizontal e participativa. O curso Gestão de Recursos Físicos e Tecnológicos em Saúde (Refit) foi desenvolvido por pesquisadores da Fiocruz, e esse modelo é utilizado desde 2006 pelo Ministério da Saúde do Brasil para formar especialistas em manutenção hospitalar no país. A Brigada Médica Cubana atua no Haiti desde 1998. Atualmente, cerca de 1.200 médicos estão atuando em todo o país, que sofre com a ocorrência de desastres naturais, como terremotos, furacões e ainda convive com epidemias de cólera e outras doenças.

(Rebert Lima - jornalista do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz)

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