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Resp pesquisará escolas de governo na América do Sul

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Publicado em:19/06/2013
 
A Rede de Escolas de Saúde Pública da América do Sul (Resp/Unasul) iniciará uma grande pesquisa para conhecer a capacidade de formação de recursos humanos na área da saúde e o contexto político, social e cultural de seus países-membros: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. O estudo Mapeamento dos programas de formação em saúde pública na América do Sul conta com a participação dos pesquisadores José Inácio Jardim Motta e Sandra Siqueira, da ENSP, que é a secretária executiva da Rede.
 
O projeto do mapeamento passou por diversas etapas. A primeira delas foi a construção de um termo de referência norteador do processo. Além de José Inácio e Sandra, participaram da redação do documento o secretário executivo da Resp e ex-diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho; Érica Kastrup e Ana Laura Brandão, integrantes da secretaria executiva da Resp e da Assessoria de Cooperação Internacional da Escola.
 
Resp pesquisará escolas de governo na América do Sul
 
Finalizado o documento, o grupo responsável iniciou a fase de validação dos eixos e subeixos propostos no termo e o desenvolvimento da estratégia de aplicação da pesquisa. Para tanto, foram realizadas reuniões e oficinas das quais participaram integrantes do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (Isags-Unasul), da Rede de Escolas Técnicas de Saúde (Rets) e do Grupo Técnico de Recursos Humanos da Unasul. O consultor técnico de políticas e sistemas de saúde do Isags, Oscar Feo, o assessor do Ministério da Saúde, Alexandro Dias, a integrante do Observatório Regional de Recursos Humanos en Saúde do Peru, Donatila Ávila também foram responsáveis pela validação do termo de referência.  Segundo Érica Kastrup, a experiência já adquirida pela Rets nesse tipo de pesquisa pode ajudar muito o desenvolvimento do mapeamento da Resp/Unasul.
 
Para Érica, o trabalho a ser realizado vai além de um mero levantamento de cursos. Seu objetivo inicial é o conhecimento das capacidades e do potencial dos países, e isso será, principalmente, um grande esforço de construção de articulação entre as escolas. De acordo com o secretário executivo da Resp, Antônio Ivo de Carvalho, a América do Sul conta com quase 170 instituições públicas de ensino que oferecem formação na esfera de especialização, mestrado e doutorado. “É preciso motivar e mobilizar essas instituições para que se integrem de fato à Rede. Queremos fomentar o sentimento de pertencimento em cada um dos integrantes da Resp/Unasul. Para tanto, precisamos saber quem somos, o que fazemos, aonde queremos chegar e como podemos responder às demandas desses 12 países”, justificou Antônio Ivo.
 
O documento é composto de quatro principais eixos: Saúde pública; Escola e os processos de ensino; A concepção de rede; e Particularidades loco-regionais. O primeiro eixo se refere à caracterização dos diferentes contextos em que se inserem as escolas e seus atores. O segundo eixo diz respeito aos conceitos político-pedagógicos, assim como a sua relação com a política pública e a governança em saúde e sobre as características gerais dos processos de formação, a capacidade da escola/ator-rede em formular estratégias pedagógicas e processos de formação que respondam a demandas apontadas por políticas públicas, aumentando a governança em saúde.
 
O terceiro eixo trata da compreensão dos diferentes conceitos de rede e sua capacidade de articulação. Ele engloba também a sua capacidade para explicar as boas práticas da formação em saúde e as necessidades de articulações bilaterais e multilaterais relativas aos diferentes contextos nacionais. Por sua vez, o último eixo, que se refere às particularidades loco-regionais, visa compreender as dimensões políticas, sociais, culturais, demográficas e territoriais que constituem as necessidades sociais de saúde no contexto da América do Sul, suas interfaces e possibilidades para cooperações bilaterais e multilaterais nos processos formativos da Rede de Escolas de Saúde Pública.
 
A próxima etapa prevista no mapeamento, marcada para iniciar em julho, será a construção do instrumento de pesquisa, baseado no documento orientador do projeto. A metodologia a ser utilizada ainda não foi definida, mas provavelmente serão utilizados questionários e a técnica de grupos focais com as instituições e países integrantes da Resp.  O grupo ainda pretende realizar um projeto-piloto com cerca de três escolas para validar a metodologia escolhida.
 
Foto de capa: Arquivo Isags

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