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Fiocruz amplia apoio a ações da organização Médicos Sem Fronteiras

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Publicado em:26/03/2013

Marina Lemle

Fiocruz amplia apoio a ações da organização Médicos Sem FronteirasProfissionais de saúde da organização internacional humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) já estão aptos para reconhecer precocemente, em 15 minutos, os sinais de alarme para dengue grave. Especialistas da Fiocruz foram responsáveis por essa capacitação. Agora, esses profissionais podem não só aplicar a técnica em campo, como replicá-la a colegas mundo afora. Bem-sucedida, a parceria entre a Fiocruz e o MSF em atenção à dengue, iniciada há dois anos, começa a ser ampliada, estendendo-se a outras doenças infecciosas e também ao campo dos agravos não transmissíveis – no caso, a violência. O Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz), que já presta assessoria técnica em dengue e doença de Chagas, passará também a apoiar o MSF na atenção a outras doenças infecciosas. Na área de violência, o aporte virá do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves), da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz). Em setembro, Fiocruz e MSF assinaram um acordo de cooperação bilateral que prevê cinco anos de ações em atenção à saúde e apoio técnico, qualificação e treinamento, pesquisa operacional e elaboração de materiais científicos.


Violência: novas abordagens

Preocupado em responder à questão da violência, o MSF procurou o Claves, que tem muita experiência em ensino, pesquisa, monitoramento e avaliação. De acordo com a pesquisadora Edinilsa Ramos de Souza, o MSF já lida com essa questão oferecendo atendimento às vítimas – ainda muito dirigido ao tratamento médico dos ferimentos. “Falta sistematizar o conhecimento e ampliar a visão, fornecer atendimento interdisciplinar, com atenção psicológica mais longa que as atuais duas sessões. As marcas no corpo e no emocional, em decorrência da violência intrafamiliar, precisam de acompanhamento prolongado por pelo menos um ano, porque são difíceis até de serem reveladas, e leva tempo para o profissional ganhar a confiança da pessoa”, explica.

Para Edinilsa, é importante o MSF passar a atuar em conjunto com as redes de apoio locais e auxiliar na constituição de redes informais em que não exista serviço algum. Outra preocupação do MSF é refletir sobre a chegada e atuação dos seus profissionais em contextos urbanos violentos, como favelas, para criar especializações sobre os aportes de que necessitam, já que este é um novo campo de atuação imposto ao MSF pela realidade da América Latina.

Leia a reportagem completa na Agência Fiocruz de Notícias.

Marina Lemle é jornalista da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz).

 


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