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Relação entre saneamento e ambiente pautam seminário

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Publicado em:19/03/2013

AApresentar e debater soluções e tecnologias que permitam às populações de pequenos municípios do país reduzir déficits de saúde pública provocados pela falta de saneamento básico. Esse é um dos principais objetivos do IV Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública (Siesp), que a Funasa promove de 18 a 22 de abril, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Durante o evento, também será discutido como ampliar o acesso aos sistemas de esgotamento sanitário e abastecimento de água, além de soluções alternativas para a disposição irregular do lixo urbano, que provoca danos ambientais de difícil reparação. A atividade terá a participação dos pesquisadores da ENSP Carlos Machado de Freitas e Simone Cynamon Cohen.

O conjunto de processos fundamentais para organizar uma boa gestão de riscos de desastres buscando a sua redução é a questão que o pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da ENSP (Cesteh) Carlos Machado de Freitas pretende abordar durante a mesa Gestão de Desastres Naturais, na terça-feira (19/6).

De acordo com o especialista – coordenador do site Centro de Conhecimento em Saúde Pública e Desastres –, esse conjunto envolve desde as etapas de prevenção (normalmente abrangendo os setores relacionados ao planejamento urbano, meio ambiente, saneamento, educação, entre outros), preparação para respostas (sistemas de monitoramento, alerta e alarmes, planos de contingência etc.), bem como de organização dos processos de respostas aos desastres, reabilitação dos serviços e infraestrutura fundamental, recuperação e reconstrução das comunidades.
 

Relação entre saneamento e ambiente pautam seminárioCom as tendências de crescimento da população e concentração em áreas urbanas, combinadas com a baixa capacidade de planejamento no Brasil e de antecipação ao modo desordenado e caótico desses processos, é fundamental debatermos esse tema em uma perspectiva ampliada. Isso significa que discutir a gestão de risco de desastres naturais não significa só debater as medidas de respostas, mas sim envolver desde a prevenção até a reconstrução na perspectiva de redução de risco de desastres”, explica Carlos de Freitas.

Centro de Conhecimento em Saúde Pública e Desastres da Fiocruz reúne informações científicas

Ainda segundo ele, no Brasil, apesar de o tema estar constantemente presente nos meios de comunicação, “ainda existe pouca produção científica que subsidie esse debate em bases sociais, políticas e técnicas que vão além da resposta imediata aos desastres”. O pesquisador assinalou que está entusiasmado com o seminário. “Teremos um público basicamente de engenheiros de saúde pública. Eles possuem papel de grande importância na redução da vulnerabilidade aos desastres no país, onde a precariedade das condições de saneamento tornam grandes contingentes populacionais vulneráveis não só a enchentes como a secas”, frisou.

É justamente com foco na produtividade científica sobre o tema que o site do Centro de Conhecimento em Saúde Pública e Desastres atua. Ele traz materiais a respeito de uma ampla gama de temas relacionados com a saúde em emergências e desastres. É dirigido a profissionais e gestores da saúde, além de outros setores que trabalham com o tema, como meio ambiente, assistência social, organizações não governamentais que atuam em desastres e voluntários que lidam com essa questão. “O site reúne produções científicas, guias e manuais produzidos no Brasil. Esses produtos serão constantemente atualizados de forma a divulgar experiências exitosas. Materiais de outros países da América Latina também estão incluídos nesse ambiente, que considero um ponto de conexão entre pessoas e experiências”, afirmou o coordenador técnico do projeto.

Já a pesquisadora Simone Cynamon Cohen, do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental, será coordenadora da mesa Cidades sustentáveis, saudáveis e seguras. O debate dará ênfase aos estudos que partem do pressuposto de que só teremos cidades sustentáveis se elas estiverem associadas com os conceitos de cidade saudável e segura, que buscam, em última instância, contribuir para que o planeta, como um todo, também seja saudável e seguro.

* Com informações da Funasa.


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