Busca do site
menu

Território de Manguinhos debate a saúde na escola

ícone facebook
Publicado em:24/01/2013

Território de Manguinhos debate a saúde na escolaApresentar a situação do Programa Saúde na Escola (PSE) em Manguinhos. Esse foi um dos objetivos da I Oficina de Planejamento Integrado do Programa, realizada nos dias 22 e 23/1, na ENSP. O primeiro dia foi dedicado ao tema Saúde na Escola: a perspectiva de um ambiente saudável potencializador de agentes sociais, com a presença de vários participantes. No segundo dia, foi a vez do tema O trabalho pedagógico centrado na construção do saber - participativo, prazeroso e significativo, com a professora Mariza Medeiros.

O primeiro dia da atividade – voltado para a construção e proposição de projetos e pactos integradores que contribuam para uma atuação mais articulada entre as áreas da educação, saúde e assistência social – teve a participação do gerente da Clínica da Família Victor Valla, Alex Mello. Em sua apresentação, o gerente contextualizou a iniciativa Teias-Escola Manguinhos e esclareceu o andamento do PSE no território. Manguinhos conta, atualmente, com 14 unidades escolares – creches, escolas, espaços de desenvolvimento infantil, entre outras – e cerca de 3 mil escolares.

O gerente apresentou, inicialmente, o Teias-Escola Manguinhos, que, desde sua criação, tem a missão de implementar um novo modo de organização da gestão e atenção à saúde na comunidade de Manguinhos. Segundo Alex, o PSE está inserido nesse contexto que objetiva a conformação de um território integrado de saúde como espaço de inovação das práticas do cuidado, do ensino e da pesquisa em saúde e melhoria da condição atual de saúde da população.

“Manguinhos é um território que possui muitas necessidades. Com a expansão da atenção à saúde, estamos conseguindo conquistar, cada vez mais, benefícios para este espaço, que possui o quinto pior Índice de Desenvolvimento Humano do Rio de Janeiro. Para isso, ampliamos os serviços e alcançamos 100% de cobertura, por meio do entendimento das especificidades da área e com a participação social”, destacou Alex Mello.

O gerente expôs, ainda, as experiências da saúde da família na Clínica Victor Valla e no CSE Manguinhos, ambos inseridos na iniciativa Teias. Segundo ele, há experiências com ações coletivas específicas (articuladas com o Conselho Gestor Intersetorial - CGI); ações com grupos vulneráveis como população de rua, idosos e crianças; ações da Academia Carioca da Saúde, responsável pela promoção de um estilo de vida ativo; ações de saúde na Escola e vigilância ambiental.

“Ainda estamos caminhando no Programa Saúde na Escola. Hoje, possuímos 14 unidades escolares em Manguinhos, com cerca de 3 mil alunos. Entre 2010 e 2012, promovemos ações educativas e de saúde bucal e resolução de problemas individuais. A perspectiva para 2013 é atuar em macrorregiões integradas com o CGI, a Assessoria de Cooperação Social (ACS/ENSP) e parceiros – trabalhando com outros eixos, entre eles: saúde bucal, ocular, alimentação e nutrição, imunização e educação em saúde – e contar com a atuação dos professores, que é fundamental”, concluiu o gerente.

A segunda mesa temática do evento, realizada no dia 23/01 pela manhã, debateu o tema O trabalho pedagógico centrado na construção do saber - participativo, prazeroso e significativo, com a professora Mariza Medeiros. No início de sua palestra, Mariza ressaltou que a mudança na educação começou em dezembro de 1996, quando foi publicada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), conhecida como Lei Darcy Ribeiro. “Essa lei traz uma proposta de gestão democrática da escola, que é um espaço cidadão do qual participam profissionais da educação, alunos, pais e sociedade”, disse.

De acordo com o artigo 12 da LDB, os estabelecimentos de ensino têm incumbência de elaborar o seu projeto político-pedagógico (PPP), articular-se com as famílias e a comunidade criando processos de integração da sociedade com a escola, informar pais e responsáveis sobre a frequência, o rendimento dos alunos e a execução de sua proposta pedagógica. Mariza explicou que o PPP deve reunir propostas de ação a serem executadas durante determinado tempo; considerar a escola um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos com atuação individual e coletiva; além de definir e organizar atividades e projetos de educação necessários ao processo de ensino. Segundo Mariza, são estes os erros comuns relacionados ao PPPs: ficarem guardados na gaveta, serem confundidos com relatórios de projetos institucionais e não contemplarem ideias divergentes afloradas nos debates ocorridos na escola.

Na parte da tarde, os participantes da oficina propuseram-se a apresentar propostas para ampliar a visibilidade do Programa Saúde Escola no território de Manguinhos, refletir sobre os determinantes sociais e de saúde do território, entre outras atividades.


Seções Relacionadas:
Assistência Cooperação SUS

Território de Manguinhos debate a saúde na escola

1 comentários
GENI PEREIRA DA SILVA
24/01/2013 19:53
Parabéns pelo trabalho com as crianças! Acho muito efetivo o PSE, Sou C-dentista, sou muito envolvida com crianças e adolescentes, tenho um projeto para crianças e adolescentes de comunidades carentes. Sou voluntária há mais de 10 anos. Implantei projeto piloto no Chapéu-Mangueira e Babilônia-Leme. As crianças saem da creche sem cárie e levando os ensinamentos para sua s casas. Aprendem com muita alegria e muito rápido. Nesta faixa etária aprendem mesmo e não esquecem. Uso a arte para estimular, assim vou fazendo a promoção de saúde e toda a parte social envolvida além de tratamento quando necessário .É gratificante. Quero poder participar destes grupos, porque acho que é este o caminho de prevenção também as drogas, especialmente ao crack que está destruindo nossas crianças e adolescentes. Cordialmente Geni Pereira da Silva.