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Especialistas discutem inovação e mudanças na formação

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Publicado em:21/12/2012

A Educação a Distância e os currículos: inovações tecnológicas e mudanças na formação. Este foi o tema da palestra de abertura do seminário da Coordenação de Educação a Distância, que ocorreu no dia 20 de dezembro e teve como palestrante o professor da ENSP, Carlos Otávio Fiuza. Ele apresentou duas hipóteses sobre o tema: educação a distância (EAD) é, antes e sobretudo, educação,  processo de formação; e tecnologia é tudo aquilo que torna viáveis, em termos materiais, os processos de formação, estejam os atores envolvidos em presença real ou virtual. O evento foi aberto pela coordenadora do EAD/ENSP, Lúcia Dupret, que destacou como palavras de ordem do seminário de 2012 o estabelecimento de redes e a ressignificação de processos. Ela anunciou para fevereiro de 2013 uma oficina de trabalho com o objetivo de propor as diretrizes para a Coordenação de EAD, após as mudanças de contexto – eleições da Presidência da Fiocruz já realizadas e eleições da ENSP em 2013, quando a EAD completará 15 anos.

Especialistas discutem inovação e mudanças na formação

Carlos Otávio Fiuza, que possui 20 anos de experiência em docência, acredita que um projeto educacional-presencial, a distância ou semipresencial, efetiva formas de experiência, de relação ou interação entre os agentes envolvidos e o mundo. Para ele, os processos de ensino e aprendizagem na modalidade presencial não desaparecem nos projetos de EAD, mas se renovam e se reforçam. “No caso da EAD, ainda há a possibilidade de prescindir da presença física e do espaço dos envolvidos”, disse.

Ele também destacou o conceito de “transposição didática”, que é a trajetória percorrida pelo saber, desde as suas fontes na vida social, nas mentes e laboratórios dos autores, até a experiência de aprendizagem do aluno. “Esse caminho é longo e toda atenção é pouca em relação a tal percurso, pois nele o saber sofre enormes transformações, enquanto os processos educacionais são desenhados, estruturados, conformados”, afirmou.

Especialistas discutem inovação e mudanças na formaçãoComo um dos objetivos do seminário era pensar diretrizes para o futuro. Ao fim de sua exposição, Fiuza apresentou uma diretriz possível para orientar a análise de projetos educacionais no campo da saúde, que, segundo ele, irá verificar os efeitos previstos para as práticas dos alunos. “Educar é sempre uma forma de construir novos modos de agir, que são mudanças mais ou menos profundas nas estruturas que servem de matriz para as ações no mundo”, justificou.

 

De acordo com o professor da ENSP, o que pode ajudar a pensar sobre os efeitos dos processos de formação em saúde são os currículos dos cursos do campo da saúde que organizam as experiências educacionais, tendo em vista a transmissão de informações com forte ênfase em aspectos cognitivos, sem muita atenção para os efeitos dessas experiências nas práticas profissionais futuras.

 



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