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Segurança do paciente é tema de formação profissional

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Publicado em:19/12/2012

Segurança do paciente é tema de formação profissionalEm uma inédita parceria, a ENSP vai desenvolver, junto com a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa (Ensp/UNL), Portugal, o curso de especialização Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente, na modalidade a distância. Além do Brasil, essa formação será oferecida para Portugal e ainda para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palops). A ideia é que, em sua primeira chamada, mais de mil alunos sejam formados. A ação inicial prevê a organização e desenvolvimento do conteúdo e da estratégia pedagógica. Seguindo a política adotada pela Escola, assim que seu conteúdo estiver pronto, todo o material didático do curso ficará em acesso aberto.

O projeto, coordenado na ENSP pelo pesquisador do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Daps), Walter Mendes, e em Portugal pelo pesquisador da UNL, Paulo Sousa, terá um processo de certificação conjunto entre as duas instituições envolvidas. E a previsão é que seu material seja publicado pela Editora Fiocruz. O objetivo do projeto é proporcionar o desenvolvimento de conhecimentos científicos e competências sobre a segurança do paciente enquanto uma dimensão da qualidade em saúde, contribuindo para a melhoria da segurança do paciente e a qualidade dos serviços de saúde, bem como fortalecer a cooperação institucional entre a ENSP/Fiocruz e a Ensp/UNL.

De acordo com o diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, mais uma vez a Escola sai na dianteira de um projeto que está na agenda de alta prioridade da Organização Mundial de Saúde (OMS). A segurança do paciente, segundo a classificação da OMS, é a redução do risco de danos desnecessários associados à assistência em saúde até o mínimo aceitável. Ela aponta que este é um princípio fundamental dos cuidados de saúde e cada etapa do processo de prestação de cuidados contém certo grau de insegurança inerente. Portanto, a segurança do paciente é a redução de atos inseguros nos processos assistenciais e uso das práticas mais qualificadas de forma a alcançar os melhores resultados possíveis para o paciente.

Formação voltada para profissionais de saúde que trabalham em hospitais

A etapa inicial do curso envolve a organização do conteúdo e da estratégia pedagógica, o desenvolvimento do material didático, além da obtenção de financiamento para a realização dessa especialização, em particular para os Palops, e o reconhecimento de possíveis instituições a serem envolvidas nessa formação. Walter Mendes explicou que, no Brasil e em Portugal, as Escolas Nacionais de Saúde Pública estão responsáveis por ele, mas, na África, ainda não foram definidas as instituições, tampouco as formas de financiamento para o curso.

Esta formação é voltada para profissionais de saúde que trabalham em hospitais. "Não temos definido o número de países e, portanto, o número de pessoas que participarão da nossa especialização. Porém, sabemos que existe grande demanda em todo o mundo", disse ele. Walter contou que este gap de formação foi percebido no primeiro semestre de 2012, durante a realização do curso Introdução à investigação sobre a segurança do paciente, desenvolvido pela OMS, e traduzido e adaptado para a língua portuguesa numa parceria entre pesquisadores da ENSP/Fiocruz e a Ensp/UNL. "Ele foi um curso livre, gratuito e sem limite de inscrições. Como foi realizado de forma on-line, detectamos a participação de interessados nesta versão em português em diversos países. Este curso foi desenvolvido em oito módulos, e cada uma de suas aulas teve a participação de cerca de 400 pessoas", ressaltou.

O termo de cooperação foi assinado em 17 de dezembro de 2012, na ENSP, por Antônio Ivo de Carvalho e pelo diretor da Ensp/UNL, João Antonio Pereira, que veio ao Brasil para oficializar esta parceria. Na Escola, além de Walter Mendes, o projeto também conta com a participação de pesquisadores que integram o Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e da Segurança do Paciente (Proqualis). Entre eles estão Mônica Martins, Suely Rozenfeld, Victor Grabois e ainda Claudia Travassos. Esta última, pesquisadora do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict/Fiocruz).



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