INFORME ENSP

Às vésperas da realização do VII Seminário Internacional Direito e Saúde e a XI edição do Seminário Nacional Direito e Saúde, o Grupo Direitos Humanos e Saúde da ENSP (Dihs/ENSP) promove uma discussão acerca de um tema bastante caro ao grupo: a produção de conhecimento. Para isso, será realizado, nos dias 8 e 9 de outubro, o seminário Diálogos entre a Academia e os Movimentos Sociais: uma reflexão sobre a agenda política dos movimentos de mulheres, LGBT e de direitos humanos, quando será discutida a importância dos movimentos sociais na disseminação e apropriação do conhecimento pela sociedade. O evento será aberto ao público, com início no dia 8 de outubro, às 9 horas, no salão internacional da ENSP.

 

De acordo com a coordenadora do Dihs, Maria Helena Barros, o seminário é uma atividade preparatória para o evento internacional do grupo, nos dias 23 e 24/10, cujo tema é Direitos Humanos, Saúde e Movimentos Sociais. “A academia deve estar a serviço dos movimentos sociais, e o Dihs tem a compreensão de que ela precisa participar dessa questão, inclusive utilizando uma linguagem mais acessível. Nos últimos anos, tentamos discutir a questão da produção do conhecimento e analisar que ciência é essa que estamos produzindo. O que entendemos como conhecimento? A quem está servindo? Ao discutirmos esses assuntos, também traçamos estratégias sobre como esse conhecimento pode ser disseminado. As questões de gênero permeiam todo e qualquer movimento social. Portanto, é importante promovermos essa discussão”, assegurou Maria Helena. 

 

As mesas

 

A primeira mesa do seminário acontece às 9 horas, no salão internacional, com a presença do Deputado Federal, Jean Wyllys, e da representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Hildete Melo. Na parte da tarde, às 13h30, outra mesa será formada com a participação da doutoranda de Serviço Social da UFRJ Roseli Rocha e do docente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro Marco José Duarte.

 

No segundo dia de atividade, 9 de outubro, a mesa terá início às 9 horas e contará com a participação do consultor em Gênero e Masculinidades, Marcos Nascimento, e da representante da Associação de Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro (Astra-Rio), Barbara Aires. 

 

De acordo com Vera Lucia Marques da Silva, uma das coordenadoras do curso de especialização Gênero, Sexualidade e Direitos Humanos do Dihs, o primeiro dia do evento pretende debater a igualdade de direitos constitucionais entre heterossexuais e homossexuais. A agenda de governo será voltada especificamente para as mulheres. Na segunda mesa do dia, o foco será a agenda de direitos humanos e a homofobia. A última mesa, realizada na manhã do dia 9/10, pretende abordar a violência de gênero e a luta por direitos protagonizada por transexuais.