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Brasil e China assinam acordo para pesquisa e desenvolvimento de produtos com base na nanotecnologia

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Publicado em:06/09/2012

O Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) e o Centro Nacional de Pesquisa em Engenharia de Nanotecnologia (NERCN), da China, oficializaram, nessa quarta-feira (5/9), um programa de cooperação que prevê a pesquisa e o desenvolvimento de produtos com base na nanotecnologia e a divisão dos benefícios das patentes geradas entre os dois países. A proposta inicial é que os institutos desenvolvam projetos de pesquisa de longo prazo, ligados ao meio ambiente, conservação de energia e redução de emissões, novos materiais como a biomassa para aplicação em energia, materiais funcionais como sensores para a saúde, além da aplicação de nanotecnologia na agricultura e na meteorologia.

O mercado que envolve nanotecnologia gera, no mundo, cerca de U$ 300 bilhões anuais, segundo a Fundação Nacional de Ciência (NSF, pela sigla em inglês) – agência do governo dos Estados Unidos. A expectativa é que o montante chegue a US$ 1 trilhão em 2015 e ao triplo desse valor em 2020.

Estratégia global - O documento foi assinado durante viagem à China da delegação comandada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O grupo foi integrado por representantes do Comitê Técnico-Científico do Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia (CBC-Nano), designado por meio da Portaria 612/12.

O acordo integra o memorando de entendimento assinado entre o MCTI e o Ministério de Ciência e Tecnologia (Most) da China durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20. Na oportunidade, a presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, elevaram o nível da parceria entre as duas nações para "estratégica global" e estabeleceram o Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia, que funcionará de forma virtual e faz parte do Plano Decenal Brasil-China de Cooperação 2012-2021.

Inovação - "Nós temos de pensar no produto, pois isso é fundamental", destaca o chefe da missão à China, Adalberto Fazzio, assessor especial do ministro Marco Antonio Raupp. "Queremos desenvolver materiais que tenham funções eficientes. Com esse objetivo maior de produzir a riqueza, você chega ao que é necessário, como gerar conhecimento, ter uma boa pesquisa, interagir com os empresários e estruturar laboratórios que possam dar uma dimensão de escala para os produtos." Segundo Fazzio, a iniciativa do governo brasileiro pretende estimular o aumento do número de empresas que buscam a inovação nos setores têxtil, automotivo, farmacêutico e de plásticos, entre outros.

Ao destacar a importância da cooperação com a China, o chefe da missão comentou que as empresas brasileiras necessitam dessa tecnologia para permanecer na vanguarda do desenvolvimento. "A China está com uma política bastante agressiva na área de nanotecnologia e sabe que essa é uma plataforma tecnológica fundamental para a inovação. As empresas chinesas estão aplicando esses novos recursos em todos os setores, e nós temos de acompanhar esse processo", diz.

Adalberto Fazzio ressaltou, ainda, que o país asiático está formando uma grande quantidade de mão de obra especializada em áreas como engenharia, física e química, voltada à nanotecnologia, com a intenção de agregar valor à produção, e o Brasil também deve se preocupar com a educação para ter destaque no setor.


Fonte: Jornal da Ciência
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