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Demanda por mestrado profissional cresce 145%

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Publicado em:31/08/2012
Demanda por mestrado profissional cresce 145%"O compromisso da Escola com a formação de recursos humanos para o SUS é um diferencial", afirmou a coordenadora de Pós-Graduação da Fiocruz, Cristina Guilam, durante a mesa de abertura do II Seminário do Mestrado Profissional em Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde. Com a participação de 50 mestres já formados pelo curso e muitos dos profissionais que trabalharam em sua elaboração, o encontro debateu a evolução do mestrado profissional na Fiocruz, as conquistas e novos desafios dos cursos desenvolvidos nessa modalidade pela ENSP. Segundo Cristina, de 2006 a 2011, a procura por cursos de mestrado profissional na Fundação cresceu 145%, ao passo que o mestrado acadêmico teve aumento de 24,7%.
 
Sérgio Pacheco, coordenador dos cursos de mestrado profissional da ENSP, comentou que o seminário teve como pano de fundo uma mistura de sentimentos. “Temos a sensação de dever cumprido e uma grande e dolorosa saudade do pesquisador da ENSP e coordenador do mestrado profissional em Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Antenor Amâncio Filho, falecido há poucos dias, em 25 de agosto. Amâncio, um sábio no conhecimento e na habilidade para as relações humanas, foi o grande mestre de todos nós”, descreveu. O pesquisador foi homenageado ao fim do evento. 
 
Em sua apresentação, Cristina Guilam apresentou a situação atual e as perspectivas do mestrado profissional na Fiocruz. Ela salientou a necessidade da realização dessa modalidade em rede ou interinstitucional e afirmou que, embora seja uma manobra mais complexa em termos administrativos, possibilita a criação de turmas simultâneas, ampliando as possibilidades de formação de profissionais. Cristina destacou também a importância do uso de ferramentas para a formação a distância. Ela lembrou que já houve grande resistência ao mestrado profissional, porém sua potencialidade venceu esse obstáculo.
 
Os números provenientes de análise feita entre os anos de 2006 a 2011 apontam que a procura por mestrados profissionais cresceu 145%, ao passo que o mestrado acadêmico teve aumento de 24,7%. A pós-graduação stricto sensu da Fiocruz conta hoje com 32 programas reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), dos quais 21 são da modalidade acadêmica, e 11, da profissional. “Com a primeira turma em 2002, a ENSP foi a primeira unidade da Fiocruz a oferecer formação nessa modalidade. O compromisso da Escola com a formação de recursos humanos para o SUS é um diferencial”, completou a coordenadora.   
 
Conquistas e desafios do mestrado profissional
 
O coordenador dos cursos de mestrado profissional da ENSP e pesquisador da Escola, Sérgio Pacheco, apresentou as conquistas e os novos desafios do mestrado profissional em Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Ele lembrou a experiência bem-sucedida da ENSP com o mestrado profissional em Saúde Global e Diplomacia da Saúde que utiliza a videoconferência com fins educacionais. Para Sérgio, essa é uma promessa bastante interessante e deve ser amplamente utilizada. 
 
No início de sua apresentação, Sérgio fez um resgate histórico do cenário brasileiro antes da implementação da modalidade de mestrado profissional. “Era urgente e necessário um modelo de ensino mais adequado à complexidade crescente. Além disso, também precisávamos atender a uma grande demanda externa de formação de recursos humanos estratégicos para os Sistemas Único de Saúde e de Ciência e Tecnologia em Saúde”, considerou.
 
A primeira turma do mestrado profissional em Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde iniciou em 2008, com a formação de 30 mestres. Sua segunda versão, realizada em 2010/2011, formou mais 20 profissionais. Sérgio acrescentou que, além das 50 dissertações, esse mestrado profissional permitiu a elaboração de três livros e dois projetos de pesquisa. Uma análise feita sobre as principais tendências de temas propostos pelos candidatos a esse mestrado observou que formação de recursos humanos, avaliação de recursos humanos em saúde, avaliação em saúde, educação profissional em saúde e gestão em saúde foram os temas mais frequentes apresentados.
 
Em sua conclusão, Sérgio lembrou que os resultados alcançados com o mestrado profissional são positivos. “E isso não apenas para o programa de pós-graduação, mas para toda a área da Saúde Coletiva, uma vez que permitiu distinguir melhor o papel do mestrado e doutorado acadêmico na formação de docentes e pesquisadores, além de possibilitar a ampliação da formação de recursos humanos estratégicos para o SUS e C&T.”  
 
A coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recursos Humanos em Saúde da ENSP, Maria Helena Machado, focou sua fala na importância que os alunos formados, hoje mestres, têm em seus estados. “Vocês foram formados para serem lideranças nos seus locais e processos de trabalho. E não devem perder essa oportunidade. Incentivem as suas instituições, orientem alunos, façam e aprofundem suas pesquisas. Realmente façam a diferença em seus estados, pois terão sempre o nosso apoio.”
 
Pesquisadores e alunos homenageiam Antenor Amâncio
 
Comoção e saudade foi o tom da homenagem ao pesquisador da ENSP e coordenador do mestrado profissional em Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Antenor Amâncio Filho, falecido em 25 de agosto. O auditório ficou lotado de companheiros de trabalho e amigos saudosos. A homenagem foi realizada por uma mesa composta do diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho; Maria Helena Machado; Sérgio Pacheco; a pesquisadora do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Daps/ENSP), Maria de Fátima Lobato; o diretor do Escritório Regional da Fiocruz na África, José Luiz Telles; o pesquisador do Departamento de Ciências Biológicas (DCB/ENSP), Luiz Fernando Ferreira; e Rodrigo, filho de Antenor Amâncio. 
 
Alunos leram poesias e amigos relembraram histórias que viveram com Antenor Amâncio. “O que fica é uma enorme saudade e a lembrança de seus ensinamentos cotidianos, como seu jeito acolhedor, agregador e sua capacidade de construir laços. Infelizmente, a Escola perde, pois ele foi uma das pessoas mais fantásticas de seu quadro”, lamentou Telles.


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