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ENSP cria curso voltado para trabalhadores do campo

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Publicado em:13/07/2012

O relacionamento da saúde e do ambiente com a educação em saúde voltada para profissionais que trabalham no campo é um novo campo de trabalho em desenvolvimento na ENSP. Como resultado de tal iniciativa, a Escola realiza, nos dias 13 e 14 de julho, a oficina curricular do primeiro mestrado profissional Trabalho, Saúde e Ambiente e Movimentos Sociais. O curso pretende educar e qualificar profissionais que atuam na educação do campo, na saúde e nas ciências agrárias, em áreas de reforma agrária e comunidades camponesas. Segundo Isabel Brasil, pesquisadora cedida à ENSP e responsável pela atividade, a oficina enfocará temas, problemas e questões do trabalho na saúde do campo, com vistas à consolidação de conhecimentos acerca do método, da teoria crítica e do desenvolvimento de investigações na área. 

 

ENSP cria curso voltado para trabalhadores do campoEmbora seja um mestrado profissional dentro da Escola, o projeto ocorre com participação de professores e profissionais de outras unidades da Fiocruz, especialmente da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, em virtude das especificidades do programa. “Apesar de temos expertise na área de saúde coletiva, o novo projeto se junta a uma perspectiva de educação para a saúde, principalmente voltada para profissionais que estão envolvidos no projeto da reforma agrária e ligados a instituições que apoiam o movimento”, explicou a vice-diretora de Pós-Graduação da ENSP, Maria Helena Mendonça.

 

A pesquisadora ressalta que, apesar de o foco do programa ser a área de saúde, trabalho e ambiente, os cursos de mestrado contam com um aspecto educativo/pedagógico específico. Por isso, é necessário contemplar outras áreas no decorrer das disciplinas, como as políticas de saúde e a constituição do SUS. “Precisamos pensar de que modo esses profissionais poderão relacionar o campo da reforma agrária com a área da reforma sanitária e a implementação do SUS em suas diversas funções”, observa Maria Helena.

 

ENSP cria curso voltado para trabalhadores do campoSegundo a coordenadora da oficina, Isabel Brasil, a proposta do curso surgiu de demanda dos movimentos campesinos, com apoio do Ministério da Saúde, à presidência da Fiocruz. Coube à ENSP a possibilidade de titulação dos profissionais ligados a tais movimentos. No momento atual, explica Isabel, busca-se apoio financeiro para a execução do mestrado, cuja perspectiva inicial é formar 30 educadores. O edital deverá ser publicado até o fim do ano, e a seleção e o início do curso deverão ocorrer no primeiro semestre de 2013.

 

A oficina ocorrerá em dois momentos. Nos dias 13 e 14 de julho, o encontro apresentará os objetivos e as metas do plano do curso, até então desenhado como proposta de forma e carga horária, e discutirá suas disciplinas e ementas. No segundo momento, em agosto, o grupo de condução da oficina abordará os conteúdos das disciplinas já estabelecidas.

 

A possibilidade de criação desse mestrado foi anunciada no início do ano letivo da ENSP, em março de 2012, pelo diretor Antônio Ivo de Carvalho, durante palestra com o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile.


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