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Terrapia faz 15 anos defendendo cultura da cooperação

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Publicado em:09/07/2012

Terrapia faz 15 anos defendendo cultura da cooperaçãoO projeto Terrapia fez uma festa ao comemorar 15 anos de existência. A médica ambientalista Maria Luiza Branco Nogueira da Silva, coordenadora do projeto ligado ao Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP), abriu o evento dizendo que a Fiocruz, por ser uma instituição de pesquisa, aceita desafios: ao mesmo tempo que produz medicamentos, oferece um espaço que diz para não tomar medicamentos. E sugeriu: "Se a gente quer imitar a natureza, precisamos desenvolver a cultura da cooperação". Representando o diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, a vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Escola, Margareth Portela, disse orgulhar-se da diversidade da Fundação, apesar de ser um desafio para a gestão.
 

O dia do evento, 6 de julho, foi recheado de atividades. A começar pela recepção aos visitantes da horta, que eram convidados a plantar sementes de frutas. O ambiente foi decorado especialmente para a festa com flores e frutas, dispostos na mesa para que todos pudessem se servir à vontade. Logo depois, foi formada uma grande roda, circundando todo o espaço, e cantada a música ‘Tembiu porã’, ritual criado pelo grupo para agradecer o alimento. A coordenadora do Terrapia explicou que a música é de origem indígena. “Tembiu significa alimento e porã quer dizer divino, maravilhoso. Não comemos sem fazer essa cerimônia. É a roda da gratidão. Cada um oferece o suco de clorofila ao outro. Ninguém pega para si”, disse ela. 
 
Maria Luiza contou que, quando era médica do Centro de Saúde da ENSP, teve um transtorno do metabolismo dos açúcares que a fezTerrapia faz 15 anos defendendo cultura da cooperação perder parte da visão. Fez uma dieta baseada na nutrição clássica e não adiantou. Descobriu, então, a alimentação viva, que a curou. Segundo ela, trata-se de um estilo de vida que ultrapassa a ideia da culinária. Segundo ela, esse projeto não completa 15 anos, é uma experiência que não termina, uma pesquisa eterna para chegar perto da origem dos alimentos – utiliza-se de uma metodologia do possível baseado na realidade. “Aqui no Terrapia fizemos uma reinterpretação dos pratos, criando o bobó de camarão, o feijão tropeiro”, falou, animada com as descobertas. Maria Luiza disse que o Terrapia se identifica com esse sentimento de comunidade global, que considera que a sobrevivência de um depende do outro, que a cooperação pode gerar mudança.
 
O evento, denominado Comem-oração, certificou os alunos pela conclusão dos seminários e do curso de formação de educadores do Terrapia. Durante a manhã, eles produziram pratos culinários vivos, dispostos numa grande mesa, a fim de ser avaliados antes de serem provados pelos convidados. Também foi lançado o DVD do projeto e apresentada uma roda de capoeira, uma performance teatral e exercícios corporais. 
 
Sobre o Terrapia
 
O Terrapia Alimentação Viva na Promoção da Saúde e Ambiente é um projeto de alimentação viva, cujo objetivo é a difusão dos princípios e hábitos de vida ecológica. Por meio de práticas cotidianas, desenvolve um modo de olhar o próprio corpo como ecossistema e meio de participação na preservação ambiental. Desde 1997, tem contribuído para o caminho da promoção da saúde por meio do fortalecimento da aliança entre saúde, ambiente e alimentação. Os participantes são pessoas interessadas na alimentação viva e na aproximação com o ambiente natural, sejam moradores, visitantes ou trabalhadores de Manguinhos, no Rio de Janeiro. 
 
O projeto desenvolve orientação na produção doméstica de sementes germinadas e brotos, atividades para o desenvolvimento de habilidades da culinária viva, sem uso do fogão ou da geladeira, incluindo as folhas não cultivadas comestíveis, identificadas na horta, contribuições ambientais na vida cotidiana doméstica (compostagem dos resíduos, escolha de materiais de higiene, de utensílios e de uso pessoal), conversas sobre práticas naturais de cuidados com o corpo e apoio virtual pelo site e blog. 
 
No fim de 2009, o projeto, vinculado ao Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP/Fiocruz), passou a ser uma associação. O objetivo da mudança foi promover sua institucionalização por meio de associações com pessoa jurídica para o desenvolvimento de parcerias com a Fiocruz e a comunidade.
 
Associação Terrapia: 
Telefone: (21) 2598-2659 (de terça a quinta-feira)
Local: Campus da Fiocruz, na Rua Leopoldo Bulhões 1.480, Manguinhos (horta do Terrapia, em frente ao Canal Saúde)

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