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Contaminação de rios prejudica saúde de pescadores

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Publicado em:25/06/2012

O pesquisador da ENSP Salvatore Siciliano comentou, em entrevista ao jornal O Globo de domingo (24/6), o risco de contaminação dos pescadores provocado pelo excesso de metais, principalmente mercúrio, nos rios da Região Norte Fluminense do Rio de Janeiro. De acordo com ele, o tempo de exposição pode aumentar significativamente a contaminação da água.

O Globo - Norte Fluminense
 
Risco de contaminação de pescadores
 
O rio desemboca próximo à Ilha da Convivência, em São João da Barra. Na margem, porém, há ainda muito lixo. A quantidade de peixes também é escassa. O estudante Jeisol da Silva, que tem o costume de pescar por ali, diz que raramente há um dia em que o resultado da atividade seja realmente bom. 
 
"De vez em quando conseguimos pegar algo, mas é difícil. Já houve mais peixes por aqui", lamenta.
 
Salvatore Siciliano, especialista em vida marinha da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, revela que há um risco a longo prazo de contaminação de pescadores. Segundo ele, há no rio excesso de metais, principalmente mercúrio, ainda decorrente da época da mineração, quando o material era muito usado. - A água pode causar contaminação caso haja uma exposição prolongada - diz Siciliano.
 
Já em Campos, a prefeitura da cidade começou a derrubar dezenas de casas na margem do rio, mais na altura do Parque Aldeia. Todos os moradores já estão em processo de mudança para outros bairros pelo projeto Morar Feliz, que retira cidadãos de áreas de risco.
 
O aposentado Altair Perdono, que viu sua casa ser derrubada e se mudou para o Parque Cidade Luz, conta que não gostou da novidade:
 
"A prefeitura dizia que era área de risco, mas nunca tive problemas durante os 50 anos que vivi ali."
 
Com toda a poluição vista, como fica o morador da capital, que ingere água potável proveniente, em boa parte, do Rio Paraíba do Sul? A Nova Cedae garante que trata, diariamente, 43 metros cúbicos de água poluída do rio por segundo.
 
Toda a sujeira desemboca na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, localizada em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O órgão informa ainda que o material que chega ao local passa pelos processos de tranquilização, floculação, decantação, filtração, clarificação, desinfecção com cloro e finalmente a fluoretação.

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