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Estudo revela prevalência de sintomáticos respiratórios

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Publicado em:22/05/2012

Irlan Peçanha

 

“A Organização Mundial de Saúde sugere o uso da prevalência de sintomáticos respiratórios para calcular o número de casos incidentes de tuberculose, mas falta essa informação baseada em pesquisas brasileiras”, afirmou o pesquisador e doutor em Saúde Publica do Centro de Referência Prof. Helio Fraga José Uéleres Braga, em sessão científica no dia 17 de maio. O estudo faz parte de um projeto financiado pela Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde, em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose, REDE-Tb.

 

Hoje em dia, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) faz a programação de suas ações baseado em parâmetros como a prevalência de sintomáticos respiratórios na população, mas reconhece a necessidade de ter como referência resultados de pesquisas brasileiras. Por isso, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde tem apoiado a realização dessas pesquisas.

 

Além de saber a prevalência de sintomáticos respiratórios, o estudo também possibilitará conhecer a prevalência de tuberculose pulmonar e tuberculose resistente às drogas usadas no tratamento dessa doença. Sobre a ocorrência de sintomáticos respiratórios, o estudo avança no sentido de identificar os fatores que influenciam na sua ocorrência, como características individuais e socioeconômicas. Também pretende avaliar a relação entre a prevalência de sintomáticos respiratórios e a ocorrência de tuberculose, visto que a investigação será conduzida em 12 municípios com diferentes níveis de incidência de tuberculose e de distintos níveis de controle dessa endemia.

 

Segundo Uéleres, serão realizados dois estudos transversais: um inquérito de base populacional e outro inquérito nas unidades de saúde (atenção primaria e hospitais). O público fonte do inquérito populacional (domiciliar) consiste de residentes com idade a partir de 10 anos dos municípios onde a pesquisa ocorrerá. A população fonte do inquérito da rede de unidade de saúde é constituída de indivíduos de 10 anos ou mais, atendidos nas unidades de saúde publica dos municípios da pesquisa. Esse ponto de corte de 10 anos de idade se justifica porque sintomas respiratórios em pessoa com idade inferior a essa são atribuídos a outras doenças respiratórias comuns na infância.

 

“O grande desafio desse estudo será usar métodos adequados para selecionar indivíduos, isto é, um desenho amostral apropriado, e conseguir realizar entrevistas padronizadas e exames laboratoriais acurados”, afirmou Uéleres. O estudo utiliza a técnica de amostragem por conglomerados, ponderada pelo tamanho da população. No inquérito populacional, os clusters são selecionados com base nos setores censitários e no inquérito das unidades de saúde. Espera-se a realização de 22.640 entrevistas até o final da pesquisa.

 

A atividade que discutiu a prevalência de sintomáticos respiratórios, tuberculose pulmonar bacilífera, em comunidades e unidades de saúde de alguns municípios do país, contou com a presença do chefe do CRPHF/ENSP, Miguel Hijjar, profissionais da unidade e estagiários da unidade.


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2 comentários
IRLAN COSTA PEÇANHA
24/05/2012 13:16
Cara Ana Cecília, O Ueleres pediu para que voce entre em contato com ele no e-mail (ueleres@ensp.fiocruz.br). grata, Irlan
ANA CECÍLIA PARANAGUÁ FRAGA
24/05/2012 09:33
Bom dia! Divulgando essa notícia na nossa rede, fui questionada por uma leitora se este estudo é o mesmo que foi discutido em 2010 no Rio, no IV encontro Tuberculose. Como não estive presente no evento, recorro a vocês para responderem a esta dúvida. Segundo ela, estavam presentes Prof.Ruffino, Ueleres, Afrânio, Betina entre outras pessoas, sendo que o plano piloto seria executado em Paranaguá. Se for o mesmo, a leitura disse não ter recebido mais informações a respeito e afirmou que Pelotas fazia parte desse estudo. Se puderem esclarecer essa dúvida para que eu possa repassar, agradeço.