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Redes sociais: canal de diálogo com a sociedade

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Publicado em:27/04/2012

Elisa Andries

 

Redes sociais: canal de diálogo com a sociedadeDesde 2004 a ENSP marca presença em redes sociais. Na época, tratava-se de mais um canal de comunicação para a Escola, onde era possível ter acesso, principalmente, a estudantes da pós-graduação. Hoje, os fatos apontam em outra direção: o Facebook, maior rede social do mundo, recebe mais visitas do que o Google, maior site de busca do mundo. Portanto, para as instituições públicas, estar nas redes sociais é mais do que abrir um importante canal de diálogo com a sociedade: é também trabalhar com transparência na prestação de contas e de informações para o cidadão.

 

As redes sociais da ENSP crescem de forma galopante. O perfil da ENSP no Facebook, criado em 2009, atingiu a marca das cinco mil conexões em setembro do ano passado. Para dar conta da demanda, foi necessário abrir uma Fan Page – página institucional no Facebook – que já conta com quase duas mil conexões. O Twitter, aberto em 2008, já foi a maior rede social da ENSP, e possui um número expressivo de conexões: três mil. O Orkut, o primeiro a ser criado, em junho de 2004, há muito perdeu o fôlego e o número de usuários vem caindo: hoje, possui 1.565 conexões – já contabilizou quase duas mil –, mas sua comunidade ainda é atuante e formada principalmente por alunos.
 

De acordo com o Ibope/Nielsen, 54,3 milhões de brasileiros já acessam a internet em casa e no trabalho, e mais de 80 milhões de brasileiros acessam a internet de algum modo. Entre os internautas, mais de 80% visitam as redes sociais.

 

Governo vem institucionalizando uso de redes sociais

 

As três esferas de governo já perceberam a importância das redes sociais na relação com o cidadão. O Ministério da Saúde, por exemplo, é um deles. De acordo com a subcoordenadora das Redes Sociais do MS e Editora do Blog da Saúde, Jéssica Macêdo, a estratégia do Ministério nas redes sociais é qualificar o SUS, acolhendo e resolvendo as demandas. “Para isso, apostamos na interação humanizada com o cidadão e em tempo hábil, com conteúdos exclusivos e diversificados e canais segmentados para cada público-alvo”, destaca. O MS começou a atuar nas redes sociais em 2009 devido à grande demanda de dúvidas sobre o vírus H1N1. Desde então, passou a enxergar o potencial da internet para a promoção da saúde, criando um setor exclusivo dentro da Assessoria de Comunicação para lidar com as novas mídias.

 

“A consolidação da nossa presença nas redes sociais pode ser medida pela quantidade de retuítes e de pessoas que curtem e compartilham nossos conteúdos, além do rápido crescimento dos seguidores e fãs dos nossos perfis no Facebook e Twitter, com cerca de dois mil novos usuários por semana. Nossa página institucional saltou de 800 fãs para mais de 30 mil em menos de um ano, sem falar ainda de Fan Pages específicas, como a de combate à Aids, que em menos de seis meses, saiu de quatro mil para mais de 55 mil fãs”, comentou. Segundo ela, “resultados como estes provam que estamos cada dia mais estreitando laços com o cidadão, acolhendo suas demandas, encaminhando, divulgando informação qualificada e, logo, qualificando o SUS”, finaliza.

 

Para institucionalizar sua presença neste novo canal, o Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho que tem o objetivo de desenvolver uma política de uso das redes sociais. A Fiocruz faz parte deste grupo e, desde o ano passado, estimulada pela política do MS, vem reunindo membros das assessorias de comunicação de suas unidades, como a ENSP, para desenvolver sua política e recomendações de uso das redes sociais. Em seu documento, que ainda está em fase de discussão, a Fiocruz reconhece a importância das redes sociais como ferramentas de comunicação com a sociedade e incentiva a participação pessoal e institucional nessa arena pública de diálogo.  

 

Para o assessor de comunicação da Fiocruz, Wagner Oliveira, “o advento e o crescimento das chamadas mídias sociais estão trazendo uma nova conformação para o campo da comunicação social, do controle social, da cidadania, do relacionamento dos governos com a sociedade, nas formas de produzir, distribuir e compartilhar diferentes conteúdos, nas possibilidades de ampliação e diversificação da participação coletiva. Portanto, isto coloca um novo desafio para as instituições públicas na sua tarefa permanente de contribuir para o desenvolvimento social e superação das desigualdades. Para a Fiocruz, que já atua de diferentes formas nas mídias sociais, significa mais possibilidades de contribuições para a consolidação do SUS e o sistema de C/T e para uma país mais justo”, destaca.

 

A ENSP, por sua vez, foi a primeira unidade da Fiocruz a marcar presença em redes sociais. Ao incorporar mais esta atividade à rotina da comunicação institucional, o objetivo inicial foi ampliar a visibilidade à produção científica e acadêmica da Escola, gerando mais tráfego para o Portal e para o Informe ENSP, além de abrir um novo canal de informação e comunicação com o cidadão. A Coordenação de Comunicação Institucional é a responsável pela criação e pela manutenção dos espaços da Escola nas redes sociais. “A ENSP tem apostado nas redes sociais como forma de ampliar a divulgação científica. As redes sociais ganharam um enorme destaque, primeiro em função da possibilidade de aumentar as interações e a conectividade entre grupos, mas atualmente também são um ótimo meio para a divulgação de conteúdo e o lançamento de produtos e inovações”, ressaltou a coordenadora de Comunicação Institucional da ENSP, Ana Furniel.


Alunos são os usuários mais ativos


Os perfis da ENSP nas redes sociais ganham novos contornos a cada dia. Se, no início, os alunos e os ex-alunos eram os que mais participavam, hoje nota-se a presença, cada vez maior, de profissionais da saúde e gestores de várias partes do Brasil, enfim, pessoas interessadas nos cursos da Escola, fora do eixo Rio-São Paulo, e no programa de Educação a Distância. Também é bom registrar que as redes da ENSP vem acolhendo cada vez mais pesquisadores e professores da Fiocruz. Todos interagem, fazem comentários e trocam experiências e informações.

 

Professora da Universidade Federal de Minas Gerais e ex-aluna de doutorado da ENSP, Simone Mendes Carvalho faz parte do contingente de quase dois mil usuários da Fan Page da ENSP. Para ela, as redes sociais são uma forma rápida de se manter atualizada sobre as principais notícias e atividades da Escola. O fisioterapeuta e servidor público da SES-SP, Josmar Casadevall Broglio, também tem a mesma opinião. Egresso do curso de Gestão do SUS da Ensp/Fiocruz, utiliza o facebook com frequência e compartilha as informações postadas pela ENSP. “Acho muito boas as informações prestadas nas redes sociais, pois me mantêm atualizado sobre cursos, artigos veiculados e sobre informações de saúde de modo geral”, destacou.

 

Daniela Minuzzo é outra usuária engajada. Ela é graduada em gastronomia e estudante de nutrição da Fmp Fase, escreve no grupo da Nutrição Fase no Facebook. “Sempre compartilho com meus colegas as atualizações da ENSP que são importantes para a nossa área como cursos, notícias, iniciação científica e outros. Todas as informações são super atualizadas, relevantes e de grande valia para nós”, comentou Daniela, que tem o objetivo de se tornar aluna da ENSP em breve.

 

Para a enfermeira Rosane Silva, fazer parte da Fan Page da ENSP é uma oportunidade de estar atualizada com os últimos acontecimentos na área da saúde pública. “Vejo como uma oportunidade para estarmos atentos a tudo que está acontecendo na área da saúde e ainda surgem sempre informações de cursos ou oportunidades para trabalharmos. “Estou participando do processo de seleção de entrevistadores de um projeto da ENSP graças às informações veiculadas na Fan Page”, disse.

 

A técnica em patologia Monica Negrão Cruz é outra interessada nos cursos da ENSP. Moradora de Manaus, no Amazonas, está em busca de oportunidade de aperfeiçoamento na sua profissão. Mas não tem tido muito sucesso. “Acesso o perfil da ENSP para saber o que acontece na área da saúde pública, mas não tenho coseguido fazer minha inscrição em cursos na modalidade a distância, como o de biossegurança”, reclama, destacando que os cursos nessa modalidade ainda são poucos e com poucas vagas.

 

Profissionais da Escola também têm valorizado e marcado presença no Facebook institucional. Entre eles, o ex-ministro da Saúde, José Temporão; o diretor da ENSP, Antonio Ivo de Carvalho; a vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Escola, Margareth Portela; a coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa da Escola, Ângela Esher;  o coordenador pela ENSP do Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva, Sergio Rego, entre muitos outros.   

 

Conheça, abaixo, o perfil das três redes sociais mantidas pela ENSP:

Twitter


O Twitter da ENSP (@ensp) possui hoje mais de 3 mil conexões e já contabiliza mais de cinco mil tweets (mensagens enviadas pela rede). A ferramenta é uma mistura de miniblog com mensagens de celular - as mensagens são de 140 toques, como os torpedos, mas circulam pela internet como os textos de blogs. Em vez de seguir para apenas uma pessoa, como no celular ou no MSN, a mensagem do Twitter vai para todos os seguidores - pessoas que acompanham o emissor. O twitter da ENSP também registra alta taxa de retuítes (mensagens enviadas pela ENSP e reenviadas por seus seguidores para as suas redes).

Facebook


No dia do aniversário de 57 anos da ENSP, em setembro do ano passado, o perfil da Escola no Facebook atingiu cinco mil conexões. Isso significa que, a partir daquele momento, não era mais possível agregar novas conexões à página da Escola. Para continuar interagindo e informando seus usuários, a ENSP criou sua Fan Page - uma interface do Facebook para divulgação de instituições, empresas, etc – que hoje já conta com quase duas mil conexões. Uma explicação para o seu vertiginoso crescimento é a dinâmica das interações. No perfil da ENSP, seus participantes demonstram interesses diversos, desde cursos e eventos até interesses em defesas de teses e informações sobre temas da saúde pública de modo geral. Praticamente todas as notas postadas no Facebook da ENSP recebem comentários. Quando não fazem comentários, os usuários ‘curtem’ a informação.

É no Facebook que as reportagens publicadas pelo boletim Informe ENSP, do Portal, ganham maior visibilidade. Além de vídeos produzidos em eventos e em atividades internas da Escola, o usuário tem acesso a fotografias de eventos, aos cartazes do projeto Palavras no Caminho, a campanhas, como o projeto Pedalando pela sua saúde, pelo nosso planeta e ENSP Solidária, entre outras ações institucionais.

Além da Fan Page da ENSP, a Coordenação de Comunicação Institucional também abriu Fan Pages para divulgar o Seminário Internacional Acesso Livre ao Conhecimento, realizado em abril de 2011, na abertura do ano letivo da Escola. Em seguida, inaugurou a Fan Page Acesso Aberto na ENSP Fiocruz, para divulgar o Movimento Internacional de Acesso Aberto ao Conhecimento. E em abril deste ano, lançou a Fan Page Toninhas, que faz parte da campanha de divulgação desse discreto cetáceo – um primo pequeno das baleias, botos e golfinhos – que corre risco de extinção.

 

Orkut


O Orkut da ENSP foi a primeira rede a ser criada pela Escola. Composto basicamente de alunos, tem hoje cerca de 1.500 usuários. Trata-se de uma comunidade utilizada para a troca de experiências e informações. A comunidade da ENSP, por exemplo, possui vários fóruns. Em um deles, os alunos trocam informações sobre aluguéis no Rio de Janeiro e lugares mais próximos à ENSP para os que pretendem morar e estudar. Nesse fórum, alunos buscam parceiros para dividir aluguel.
 


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