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Amostras complexas em inquéritos populacionais: planejamento e implicações na análise dos dados é o assunto da próxima sessão científica do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde (DEMQS/ENSP), que acontece na segunda- feira, 8 de outubro, às 12h30, na sala 823. O tema será apresentado pela pesquisadora do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict/Fiocruz) Célia L. Szwarcwald.
A avaliação do desempenho dos sistemas de saúde das nações vem ganhando importância crescente entre os gestores do setor saúde, sendo considerada como etapa essencial para o planejamento das ações voltadas para garantir a qualidade da atenção e subsidiar decisões que atendam às necessidades da população. Entre os instrumentais de avaliação do desempenho de saúde, destacam-se os inquéritos nacionais de saúde, cada vez mais utilizados para avaliar a assistência de saúde prestada do ponto de vista do usuário e considerados de grande importância para o monitoramento da situação de saúde da população, para subsidiar o planejamento das ações e investimentos bem como para a avaliação das políticas de saúde.
A maioria dos inquéritos nacionais de saúde não usa amostragem aleatória simples, em parte por restrições orçamentárias, em parte por limites de tempo associado à coleta de uma grande quantidade de informações ao longo de um território geográfico grande. Portanto, utiliza-se combinação de vários métodos probabilísticos de amostragem para seleção de uma amostra representativa da população, chamada de desenho complexo de amostragem. Resultante deste processo, a preocupação subseqüente é a análise de dados provenientes de amostras complexas.
A apresentação tratará de questões relacionadas à análise estatística de dados obtidos através de pesquisas com desenhos complexos de amostragem. Para a exemplificação dos métodos, será utilizada a Pesquisa Mundial de Saúde (PMS), realizada no Brasil, em 2003. |
